“O Chega tomou conhecimento de alegadas agressões, em Viseu, supostamente relacionadas com questões de orientação sexual. Os factos estão e certamente serão apurados pelas autoridades competentes, sendo que só nesse momento poderemos pronunciar-nos com propriedade sobre os mesmos”, afirma o partido em comunicado.

Na mesma nota, o Chega revelou que “mantém integral confiança nos seus candidatos e na sua estrutura local e distrital, em Viseu, sendo certo e incontornável que rejeitará sempre quaisquer atos de violência, seja quais forem os motivos subjacentes”.

De acordo com semanário Expresso, militantes afetos à candidatura do Chega à Câmara Municipal de Viseu envolveram-se, ao final da tarde de quarta-feira, “num episódio de violência contra um cidadão homossexual, quando este estava num café, junto à sede do partido”.

Fonte policial disse ao Expresso que as alegadas agressões ocorreram depois de provocações por parte dos agressores. Uma testemunha ouvida pelo semanário explicitou que o candidato do Chega à autarquia de Viseu, Pedro Calheiros, tentou “serenar os ânimos”.

A vítima alertou a PSP, que identificou os alegados agressores, acrescentou o Expresso.

Contactada pela Lusa, a PSP referiu que um “cidadão, que se sentiu agredido, chamou a polícia no dia 21 de julho, pelas 18:15”, ao Largo Mouzinho de Albuquerque.

“Os agentes da PSP constataram que dois indivíduos que se desentenderam verbalmente desenvolveram o desentendimento para um lado mais físico e houve, aparentemente, agressões mútuas. O cidadão que chamou a PSP queixou-se de agressões por parte do outro, sendo que este também disse que tinha sido alvo de agressões”, acrescenta a resposta enviada.

A polícia confirmou que os dois cidadãos foram identificados, assim como outros cidadãos para efeitos de testemunhas, acrescentando que não ter “qualquer informação sobre o teor da discussão ou sobre a orientação política ou sexual”.