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As regiões Norte e Centro de Portugal foram hoje fortemente afetadas por chuva persistente, sendo que a mesma chegou também a resto do país, mas com menor intensidade.
O que aconteceu no Norte de Portugal?
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) registou, entre a meia-noite e as 7h desta sexta-feira, 68 ocorrências relacionadas com o mau tempo, sobretudo inundações na via pública e em estruturas, com maior incidência na região norte.
De acordo com a ANEPC, 59 situações foram inundações, três quedas de árvore, duas limpezas de via e quatro movimentos de massa. A Área Metropolitana do Porto concentrou 57 das ocorrências, estando as restantes distribuídas pelas regiões do Ave e do Cávado.
A chuva intensa que cai desde a madrugada provocou vários cortes de trânsito. A VCI esteve totalmente encerrada junto à saída para Bessa Leite, no sentido Arrábida–Freixo, durante mais de uma hora devido à acumulação de água, tendo ocorrido dois despistes de veículos ligeiros, sem registo de feridos.
O túnel da Avenida AEP, junto ao NorteShopping, encontra-se inundado, e a PSP do Porto confirmou também a interrupção da circulação no viaduto da rotunda do Bessa e no novo viaduto do Campo Alegre.
E o mau tempo é só por cá?
Não, por toda a Europa a chuva é persistente, tal como na Ásia, concretamente no Vietname, onde só esta semana morreram uma dezena de pessoas.
As inundações, que se abateram sobre o país ao longo dos últimos dias, coincidem com o final da época das tempestades, que normalmente decorre entre junho e outubro. O país é frequentemente afetado por fenómenos meteorológicos extremos durante este período, que causam perdas humanas e materiais significativas.
Matilde Leitão é portuguesa e está no Vietname desde setembro. O mau tempo começou à volta de duas semanas, duas semanas constantes com chuva. Até começarem as cheias já estava a chover non-stop há oito ou nove dias
"Dizem que não era assim desde 1960, esta imensidão. Portanto, tivemos azar", atira. "Estamos aqui desde setembro e de vez em quando chovia, mas nada de especial. O mau tempo começou à volta de duas semanas, duas semanas constantes com chuva. Até começarem as cheias já estava a chover non-stop há oito ou nove dias".
A 21 de outubro, Matilde recebeu uma mensagem no chat do coworking. "Basicamente começou com um alerta de tufão que estava a vir das Filipinas e um aviso de tempestade. Nós estamos num apartamento onde temos a nossa senhoria local e ela avisou-nos o que é que devíamos fazer", conta.
Nos dias seguintes, nada mais além de chuva ligeira. Tudo parecia normal. "No dia 23 ainda estava tudo ok. E a partir daí choveu sem parar até ao primeiro dia de inundações, que foi esta segunda-feira, 27 de outubro".
Nesse mesmo dia, Matilde recebeu nova mensagem: a água estava a subir rapidamente e era aconselhado verificarem os níveis das casas, saírem do coworking devido à possibilidade de haver ruas inundadas e pontes bloqueadas e ter atenção aos alertas e possíveis cortes de energia.
"Estamos a trabalhar num local rural, onde é tudo muito aberto e com campos de arroz. Dois dias antes do que era suposto vir a tempestade começou a haver imenso vento, era impossível estar no coworking. Então fizemos o que aconselharam, fomos comprar comida enlatada e coisas assim para não termos de cozinhar e armazenámos água porque também podia faltar", recorda.
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