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Durante a cerimónia agendada na base da 27.ª Brigada de Infantaria de Montanha ( unidade militar especializada em combate em montanha), em Varces, nos Alpes franceses, revela o Le Monde. Emmanuel Macron vai revelar os contornos desta nova iniciativa, que visa reforçar o laço entre o exército e a sociedade civil, respondendo às “ameaças crescentes” que a Europa enfrenta atualmente. O programa, designado por Serviço Nacional Voluntário (SNV), será de adesão voluntária, sem retorno à conscrição obrigatória.
O plano contempla um recrutamento entre dois mil a três mil voluntários no primeiro ano, com a meta de chegar a 50 000 por ano até 2035. A duração de 10 meses de serviço, com formação militar básica, para cidadãos com 18 anos ou mais anos. A compensação mensal está entre os 900 e 1 000 euros durante o período de serviço.
O anúncio surge num contexto de crescente preocupação com a segurança europeia, especialmente após a guerra na Ucrânia. O presidente considera essencial reforçar o que chama de “pacto exército–nação”, promovendo o envolvimento dos jovens nas Forças Armadas mesmo sem obrigatoriedade.
Segundo as autoridades, o SNV não tem como objetivo enviar jovens para zonas de conflito, nomeadamente ao território ucraniano — algo que Macron procurou desmentir.
A reforma surge na sequência do falhanço do anterior programa de âmbito civil, o Serviço Nacional Voluntário (SNV), que não alcançou os resultados esperados em termos de adesão e impacto social.
Com este novo quadro, França aposta numa estrutura de defesa reforçada, capaz de responder, em caso de necessidade , a crises ou ameaças externas, ao mesmo tempo que dá aos jovens a possibilidade de voluntariar-se e receber formação militar. O SNV representa uma reconversão estratégica que procura equilibrar segurança nacional, voluntariado e participação cívica.
Com a guerra na Ucrânia e o crescimento das tensões com a Rússia, a questão do Serviço Militar Obrigatório começa a ganhar cada vez mais eco entre os países na NATO e da Europa, estando já vários países a considerar o regresso à obrigatoriedade.
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