Francisca Van Dunem falava na cerimónia do Conselho de Prevenção da Corrupção (CPC) de entrega às escolas dos prémios e distinções do Concurso Nacional Imagens Contra a Corrupção 2018/2019, realizada no auditório da PJ e que reuniu 250 alunos, professores e patrocinadores.
"Se formos capazes de formar cidadãos íntegros, conscientes dos seus direitos, cidadãos empenhados na realização do bem comum, seremos um país mais rico e teremos um Estado mais forte e com mais capacidade para satisfazer as necessidades de todos nós", disse, notando que a corrupção empobrece o Estado e, dessa forma, reduz-lhe a capacidade financeira e a possibilidade de prestar mais e melhores serviços aos cidadãos.
"Quando o Estado perde, perdemos todos nós, que deixamos de ter melhores serviços públicos. Ou então o Estado tem de criar novos impostos ou de aumentar os impostos já existentes. Se todos cumprirmos escrupulosamente os nossos deveres, se formos cidadãos íntegros e vigilantes, teremos melhor educação, melhor justiça, melhor segurança, melhor saúde, melhor segurança social", afirmou Francisca Van Dunem.
A ministra alertou que a corrupção envolve todo o tipo de negócios e tem efeitos económicos e culturais, com a degradação do ambiente, com a exploração arbitrária de recursos naturais e a pilhagem de ecossistemas.
"Assim, destrói um património material e imaterial que nos é comum, que é de todos nós e compromete o futuro das nossas crianças e dos nossos jovens. O vosso futuro", alertou.
Além disso - observou ainda - a corrupção ofende os valores da democracia e da Justiça, porque "a partilha e a fruição dos bens públicos se tornam privilégios dos próximos, dos amigos, dos que podem pagar, daqueles que, através do poder e da influência manipulam e controlam o sentido do interesse público".
Para Francisca Van Dunem, a luta contra a corrupção e a fraude é uma causa à qual todos devem dedicar o melhor esforço e a todos devem mobilizar.
Esta foi a sétima vez que se realizou esta iniciativa destinada a premiar e a distinguir os melhores trabalhos de vídeo, áudio e imagem produzidos nas escolas, com mensagens de prevenção, sensibilização e esclarecimento sobre corrupção.
A grande maioria dos trabalhos a concurso surgiu após debate nas salas de aula e pesquisa realizada pelos alunos. Este ano participaram mais de 100 escolas, de todos os níveis de ensino, com 230 trabalhos.
O júri do concurso premiou e distinguiu 10 escolas da rede pública e privada, tendo valorizado especialmente a criatividade e originalidade da mensagem, mas também o envolvimento das comunidades educativas e das famílias.
Comentários