Em comunicado, o partido dá conta de que a reunião da direção comunista começou no domingo e prolonga-se até ao dia de hoje, para “análise da situação política e social, e tarefas do partido”.
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, vai apresentar as conclusões da reunião em conferência de imprensa na terça-feira, às 11:00, na sede do partido, em Lisboa.
A última reunião da direção comunista realizou-se em 01 de fevereiro, dois dias depois das legislativas de 30 de janeiro, com o intuito de analisar os resultados eleitorais da CDU, os piores de sempre. O PCP perdeu quatro deputados e o grupo parlamentar é agora composto por seis elementos: Jerónimo de Sousa, Paula Santos - que é líder parlamentar -, Alma Rivera, Bruno Dias, João Dias e Diana Ferreira.
Na conferência de imprensa que sucedeu a essa reunião, Jerónimo de Sousa apelou à “dinamização da luta de massas e do esclarecimento, intervenção e mobilização política”.
Nos últimos meses, o PCP tem-se insurgido contra o que o partido considera ser a falta de medidas estruturais por parte do Governo para contrariar a inflação.
O partido também tem sido alvo de críticas dos restantes partidos com assento parlamentar e de elementos da sociedade civil por recusar apontar o dedo à Federação Russa pela invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro. O partido é da opinião que o conflito em território ucraniano resulta de vários anos de ingerência dos Estados Unidos da América e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), e de instigação de um clima conflito com a Rússia.
Por isso, os comunistas condenam todos os intervenientes, de Washington a Moscovo, assim como os sucessivos pacotes de sanções económico-financeiras aprovados pelos Estados-membros da União Europeia desde a eclosão da guerra contra o Presidente russo e vários elementos do Kremlin.
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