Numa declaração aos jornalistas no parlamento, a porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, considerou que a ação do Chega “não deve ficar inconsequente” e salientou que o “estatuto dos deputado prevê, inclusive, a suspensão” nestes casos.
Sousa Real argumentou que esta ação “é suscetível de ser considerada crime” e que o partido levará “sem qualquer receio da intimidação do Chega” este tema a debate na conferência de líderes para que o parlamento possa avaliar a possibilidade de avançar com uma queixa-crime “por uma apropriação abusiva nunca vista em democracia”.
“Se quisermos projetar a bandeira da Palestina até hoje em respeito para o dia que hoje assinalamos pela eliminação da violência e pela paz na Palestina, se quisermos ostentar uma bandeira LGBTI, nada disso é permitido sem o consenso das várias forças políticas desta Assembleia da República. E o Chega arroga-se assim o desrespeito total pelas leis que regem o nosso país”, disse.
A deputada lamentou o “dano financeiro que foi causado à AR e aos bombeiros que tiveram de se deslocar por conta desta ação irresponsável” e o “desrespeito pela segunda figura do Estado que pediu ao grupo parlamentar que retirasse as tarjas”.
O partido criticou também o que diz ser o “desrespeito feito a deputadas e deputados” por parte dos parlamentares do Chega bem como a permissão para “pessoas que são alheias a esta circularem pelos corredores e entrem nos gabinetes de outros deputados”.
“Já é a altura de pormos um ponto final neste comportamento absolutamente abusivo e iremos fazê-lo isso mesmo na conferência de líderes”, concluiu.
Também Paula Santos, líder parlamentar do PCP, assegurou, numa declaração posterior à de Sousa Real, que o partido levará o assunto à conferência de líderes.
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