E como acontece o amor nesta época de satisfação imediata e de enorme velocidade? Acontece com dificuldade, digo eu, porque a maior parte das almas não está disposta a um compromisso.
O terrível mês de Agosto tem vários problemas, um deles é a absurda falta de temas interessantes, razão pela qual nos deixamos levar por assuntos que não interessam ao menino Jesus, mas que enchem a espuma dos dias (e a espuma dos dias é menor do que a de qualquer imperial bem tirada, é apenas o com
A luta das mulheres na política é sempre um cenário de combate. Não tem fim, abrange contornos de avaliação que transcendem a política. A uma mulher pode-se acusar e apontar o dedo, a propósito de tudo.
O que aconteceu em Paris entre a atleta italiana Angela Carini e a atleta argelina Imane Khelif cheira-me tão a esturro que, admito, fico transtornada com tanto comentário fundamentalista ou radical, com tanta transfobia, com tanta ignorância e treinadores de bancada cuja sapiência deixa tudo a dese
A vitória histórica é dela e dos dela. Não é de Portugal. Filipa Martins classifica-se, aos 28 anos de idade, para a prova mais disputada na ginástica e os Jogos Olímpicos de Paris 2024 terão sempre um gosto especial.
Compreendo a necessidade de comunicar – embora tenhamos uma experiência de campanha presidencial sem nenhum cartaz nas ruas. O que eu nunca entendo, a cada campanha, é a impunidade quanto à exibição dos suportes de campanha de cada partido, eternizados na paisagem urbana e rural.
Acredito piamente que a covid-19 não nos tornou melhores enquanto Humanidade, pelo contrário, veio atiçar medos e preconceitos e uma atuação maioritariamente individualista.
Na biografia de Maria Teresa Horta, A Desobediente, escrevi: “Dá trabalho dar voz àquilo em que se acredita. Chega a ser cansativo. Mas é essencial não calar. A vida de muitas mulheres depende disso mesmo.”
Quanto ao capitão, resta dizer isto: não te merecemos. Há quem diga que o futebol é uma metáfora para a vida. Se for, ainda bem, eu cá não pesco nada, mas não cuspo na mão de quem me deu de comer.
Depois do Miguel Esteves Cardoso glorificar António Costa numa crónica no jornal Público, mesmo que alguns ressalvem a ambiguidade (Será cinismo? Sarcasmo?) de algumas frases, o país festeja a nomeação.
Muitos dos meus amigos – bons amigos e amigas – são gay. São pessoas com o coração no sítio certo, com valores, pensamento crítico, cultura geral, capacidade de escuta e de riso. São, dos meus amigos, os que julgam menos, os que menos maldizem só pelo prazer de maldizer.
Entusiasmo significa agradar a Deus, li num livro. Gosto desta ideia. E de saber que existem momentos em que vivemos plenamente um amor que é isso: de Deus.
Subir e descer o Parque Eduardo VII, ver todos os stands, espreitar tesouros nos alfarrabistas, assistir a sessões com autores, pedir um autógrafo, encontrar família e amigos. Eis o programa da feira do livro de Lisboa que, com escalas diversas, se replica no resto do país.
Ainda assim, dei comigo a dizer a uma amiga: somos todas uma maravilha e somos todas uma desgraça. Acreditamos que podemos e devemos proteger os nossos filhos e, tantas vezes, a bolha que construímos, qual tenda de campismo, não serve para muito mais do que agudizar problemas inevitáveis.
Talvez as redes sociais tenham criado esta ilusão de que podemos dizer seja o que for, já que a impunidade é grande, a fiscalização mínima e, portanto, os insultos abundam e não há problema. Ofender alguém é grave. Maltratar também. Difamar idem. Criticar construtivamente, não.
Existem mitos difíceis de desfazer, nomeadamente a convicção de que um asmático deve evitar o exercício físico. Nada de mais errado, o organismo agradece a oxigenação.
Então, Nuno Melo, ministro da Defesa, mandou dizer que uma boa ideia seria fornecer as Forças Armadas com jovens delinquentes cuja pena seria então feita num ambiente que, subentende-se, os meteria na ordem.
A malta liga para a unidade hospitalar – Se pretende que a sua chamada seja feita em inglês prima cinco, ou algo assim – e precisa desesperadamente de várias coisas. A saber, no meu caso, um pouco de humanidade, empatia, educação. Nada disso – Ligou para a unidade hospitalar X… e temos uma assistent
Uns quantos homens escreveram uns textos, que compilaram num livro, e convidaram um antigo primeiro-ministro para apresentar tão (in)digna obra, à laia de validação.