Numa nota publicada no site Diocese de Beja, João Marcos informa que as peregrinações arciprestais à Sé de Beja previstas para domingo, no Arciprestado de Beja, e no dia 21 deste mês, nos arciprestados de Almodôvar e Odemira, "foram adiadas para datas a anunciar".

"Ressaltando que é às estruturas de saúde a quem compete" dar orientações, o bispo apresenta algumas dirigidas aos agentes pastorais, que diz serem "regras provisórias, sujeitas a serem modificadas pelas circunstâncias, pois são apenas fruto do bom senso", e pede para que "sejam levadas muito a sério".

Para "evitar situações de pânico", João Marcos pede aos agentes pastorais para tranquilizarem os fiéis, "mostrando-lhes que, não obstante o perigo efetivo", que o novo coronavírus representa, "não é comparável às terríveis pestes e pneumónicas que conhecemos da história".

O bispo pede para que se cumpra o referido pela Conferência Episcopal e para que, "além de medidas reforçadas de higiene", se use "a comunhão na mão e evite-se o gesto da paz, o uso da água nas pias de água benta e beijos ou outros gestos de contacto físico com imagens".

"Tomadas estas precauções, as celebrações litúrgicas, mormente a missa, sacramentos e funerais, para já decorrerão na forma habitual", refere João Marcos, pedindo que se preste "atenção às escolas locais e somente se estas fecharem é que se justificará o encerramento da catequese".

Em relação às estruturas eclesiais de apoio à infância, como berçários e creches, o bispo pede para que se mantenha "contacto permanente com os delegados de saúde locais e comprometam-se estes nas decisões a tomar".

"Nas costumadas confissões quaresmais tomem-se as devidas precauções, jamais negando a confissão a quem a pedir", pede o bispo.

João Marcos refere ainda que, "se as circunstâncias não se alterarem, na adoração da cruz, na Sexta-feira Santa, evitar-se-ão os beijos e far-se-á reverência à cruz com uma profunda inclinação ou mesmo com a genuflexão".

A pandemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.500 mortos em todo o mundo.

O número de infetados ultrapassou as 124 mil pessoas, com casos registados em 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quarta-feira a doença Covid-19 como pandemia, devido aos "níveis alarmantes de propagação e de inação".