O anúncio foi feito hoje em conferência de imprensa, em Lisboa, pelo secretário-geral da Fesap, José Abraão, e vigorará até que a federação considere estarem reunidas as condições de segurança sanitária essenciais para que tais ações possam realizar-se sem constrangimentos.

“A atual situação de epidemia de Covid-19 em Portugal que permanece hoje, tal como no resto da Europa, em fase de transmissão e identificação de novos casos, levou a Fesap a reorganizar e a ajustar a maioria das formas de protesto que tinha previsto para os próximos meses, em linha com o que havia sido ressalvado aquando da apresentação do calendário de ações de protesto”, disse.

Desta forma, será retirado o pré-aviso de greve que tinha sido emitido tendo em vista possibilitar aos trabalhadores da administração pública participarem nos plenários que estavam previstos para o dia 20 de março, “permitindo desta forma que os serviços públicos possam dar a melhor resposta possível no atual contexto, como já se está a verificar com a implementação de planos de contingência em setores fundamentais como os da saúde, da educação, das autarquias, da justiça, da segurança social, entre outros”.

“Estão igualmente suspensas as ações de sensibilização que se realizariam no dia 19 de março, em protesto pela ausência de negociação e contra os aumentos salariais ridículos que foram impostos para 2020”, acrescentou.

Quanto às comemorações do 1.º de Maio – Dia do Trabalhador, “que a Fesap previa ser o momento fulcral desta vaga de protestos, é bem possível que não venham a realizar-se”, disse.

Manter-se-á a distribuição de autocolantes e a afixação de propaganda relativa à campanha “Eu Exijo” nas ruas e nos locais de trabalho, observando todas as condições e recomendações de segurança para que essas ações possam realizar-se com o mínimo risco.

A Fesap sublinha que estas medidas não representam “qualquer recuo ou alteração no que respeita aos objetivos da luta dos trabalhadores da Administração Pública pela negociação e por aumentos salariais dignos e justos, mas sim um reconhecimento de que, neste momento, a necessidade de contenção da propagação do Covid-19 exige a máxima responsabilidade de todos, não sendo por isso prudente a promoção de quaisquer ações que resultassem numa elevada concentração de pessoas no mesmo local”.

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