“As vacinas [destinadas a vacinar crianças] chegam a 13 de dezembro, uma semana antes do previsto”, disse Pedro Ramos em conferência de imprensa destinada a fazer o balanço da situação epidemiológica da covid-19 na Madeira.
O governante realçou que a região vai receber 25% total das vacinas adquiridas por Portugal, estando previsto chegar à região cerca de 17.500 doses até ao final do ano.
Estas doses “vão ser distribuídas por todos os concelhos”, começando a ser administradas “o mais rápido possível”, após a receção.
Perspetivou que, se o lote chegar como previsto a 13 de dezembro, a inoculação das crianças comece no dia seguinte, 14 de dezembro.
“Quero e é preciso vacinar as crianças”, declarou Pedro Ramos, argumentando que “os benefícios são superiores aos riscos”, e que estas “constituem, neste momento, um grupo vulnerável e, por isso, devem e vão ser vacinadas”.
Acrescentando que as primeiras a serem inoculadas serão as crianças com patologias associadas e, depois, as que tenham autorização dos pais ou responsáveis, o secretário anunciou que esta vacina “vai passar a fazer parte do Plano Regional de Vacinação”.
Este processo de vacinação vai abranger “14.715 crianças entre os cinco e os 11 anos”, enfatizou.
“Não temos casos de Ómicron (na Madeira]”, assegurou ainda o secretário madeirense.
Pedro Ramos apontou que o índice de transmissibilidade da região, entre 24 e 28 novembro, de acordo com o relatório do Instituto Nacional Ricardo Jorge, foi de 1.15.
O governante mencionou que estão sinalizadas “162 cadeias de transmissão ativas neste momento”.
A ilha do Porto Santo tem 16 casos ativos e 24 pessoas em vigilância, complementou.
Pedro Ramos considerou que os números de vacinação “começam a ser impressionantes, o que significa que está a ser monitorizada a pandemia e a realidade na Região Autónoma da Madeira”.
O responsável realçou que foram administradas mais 428 mil doses de vacinas, registando a Madeira “uma cobertura de 87% com uma dose, 84% com vacinação completa”.
Em termos de reforço da vacina, foram administradas “36.293 doses, o que corresponde a 15% da população residente e 48% dos profissionais de saúde”, apontou.
“A recusa da vacinação [6% das situações] na Madeira está a ser alterada”, opinou, reforçando que, após as medidas adotadas pelo Governo Regional a 18 de novembro, entre as quais a recomendação da apresentação cumulativa de teste negativo e vacinação para acesso a vários locais, foram inoculadas “mais 24.810 pessoas, sendo que 25% foram primeiras doses”.
Segundo Pedro Ramos, depois dessa data, “5.717 cidadãos vacinaram-se pela primeira vez na Madeira”.
No que diz respeito aos testes rápidos antigénio, a região efetuou 644 mil, além dos “727 mil PCR realizados até agora”, indicou.
Entre 19 novembro e 05 de dezembro, foram efetuados 251.923 testes antigénio, adiantou, destacando que o dia com maior número de testagem foi 03 de dezembro, com 30.200 pessoas testadas, as quais apresentaram “uma positividade de 0.4%”.
Também informou que “a operação no aeroporto continua a decorrer com normalidade, resultando também do aumento da capacidade de resposta das entidades envolvidas”.
De acordo com o boletim diário sobre a situação epidemiológica divulgado pela Direção Regional da Saúde, a Madeira reportou hoje mais 120 casos positivos de covid-19, 806 situações ativas e 35 infetados hospitalizados, um nos cuidados intensivos.
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