Estes são os primeiros casos mortais entre mais de 600 pessoas infetadas com o Covid-19 no navio Diamond Princess, o que eleva para três o número de mortes causadas pelo novo coronavírus no país.

Estes dois octogenários, uma mulher e um homem, tinham alguns problemas de saúde e foram retirados do barco em 11 e 12 de fevereiro, indicou uma fonte do Ministério e a estação pública de televisão japonesa NHK.

Na quarta-feira à noite, Tóquio anunciou mais 79 casos confirmados a bordo, o que elevou o número total de infetados no Diamond Princess para 621 pessoas. O cruzeiro, ancorado no porto de Yokohama, a sul de Tóquio, é o maior foco de Covid-19 fora da China continental.

Também na quarta-feira, as autoridades japonesas deram início à operação de desembarque dos passageiros saudáveis, findo o período de quarentena do navio, iniciado em 03 de fevereiro. Esta operação deverá terminar na sexta-feira.

As pessoas que não apresentaram sintomas, com análises negativas e sem contacto com infetados desembarcaram durante o dia, após 14 dias de quarentena.

O número de mortos devido ao novo coronavírus subiu hoje para 2.118 na China continental, ao mesmo tempo que foi registado o menor aumento diário de novos casos de infeção em quase um mês, de 394.

A Comissão de Saúde da China indicou que, até à meia-noite de hoje (16:00 de quarta-feira em Lisboa), 114 pessoas morreram devido ao Covid-19.

O número de pacientes fixou-se, no total, em 74.576. No entanto, o número de novos casos diários é o menor desde 25 de janeiro.

O número de casos graves ascendeu a 11.864, enquanto 16.155 pessoas receberam alta, disse a Comissão.

As autoridades informaram que 589.163 pessoas que tiveram contacto próximo com pacientes foram acompanhadas, entre as quais 126.363 ainda estão sob observação e 4.922 são suspeitas de terem contraído a doença.

Por outro lado, a província de Hubei, cuja capital Wuhan é o centro do surto, registou 108 novas mortes e 349 novos casos de infeção. Só Wuhan registou a maioria das vítimas mortais, 1.585, e dos casos de infeção, 45.027.

Várias cidades na zona estão em quarentena desde 23 de janeiro passado, numa medida que afeta cerca de 60 milhões de pessoas.