"As regiões do Algarve e Açores foram aquelas em que se observou uma menor seroprevalência total (80,2% e 84,0%, respetivamente", refere o INSA em nota enviada às redações.

Em relação às caraterísticas da população, o relatório destaca "a seroprevalência total mais elevada na população entre os 50 e os 59 anos (96,5%), nos indivíduos com ensino superior (96,0%) e nos indivíduos com duas ou mais doenças crónicas (90,8%)".

Os dados adiantam que os grupos etários abaixo dos 20 anos foram aqueles em que se observaram seroprevalências totais mais baixas (17,9% entre 1-9 anos e 76,8% entre os 10-19 anos).

Já no que concerne à imunidade pós-infeção, os resultados desta terceira fase indicam "valores globalmente mais baixos" do que os obtidos na segunda fase do ISN COVID- 19 (7,5% vs 13,5%), o que, provavelmente, se encontra relacionado com o decaimento de anticorpos específicos para o SARS-CoV-2 ao longo do tempo pós-infeção. Este padrão foi observado na maioria dos grupos etários e regiões de saúde, à exceção do grupo etário entre 1-9 anos e nas regiões do Algarve e Açores", detalha ainda o comunicado.

Segundo o INSA, os anticorpos foram mais elevados nas pessoas com três doses de vacina e naquelas que foram vacinadas e tiveram uma infeção, "tendo sido os valores mais baixos estimados para o grupo de pessoas com uma dose única de vacina e sem infeção". O INSA refere também que a imunidade foi mais elevada no grupo de pessoas que referiram ter sido vacinados com as vacinas de mRNA (Pfizer e Moderna).

Relativamente aos antecedentes de covid-19, 27,2 % dos participantes reportou ter tido contacto com um caso suspeito ou confirmado de infeção. Do total dos inquiridos, 68,5% referiu ter realizado previamente um teste de deteção de SARS-CoV-2 e 12,9 % disse ter tido uma infeção prévia pelo coronavírus.

O estudo conclui que “os resultados obtidos são consistentes com a atual situação epidemiológica, cobertura vacinal e com os dados obtidos nos estudos de efetividade vacinal”.

Desenvolvido e coordenado pelos departamentos de Epidemiologia e de Doenças Infeciosas do INSA, em parceria com a Associação Nacional de Laboratórios Clínicos, Associação Portuguesa de Analistas Clínicos e com 36 Unidades do Serviço Nacional de Saúde, o estudo analisou uma amostra de 4.545 pessoas residentes em Portugal, recrutadas entre 28 de setembro e 19 de novembro de 2021.

Este estudo permitiu dar continuidade ao segundo ISN COVID-19, realizado entre 1 de fevereiro e 31 de março de 2021, e que estimou uma imunidade de 15,5% de infeção pelo novo coronavírus na população residente em Portugal.

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