O recorde anterior havia sido registado na última sexta-feira, dia em que o país sul-americano chegou às 3.650 vítimas mortais num só dia.
Os números de hoje podem ser ainda superiores, uma vez que o Estado de Roraima não atualizou os seus dados devido a problemas técnicos.
O Brasil, que atravessa o seu momento mais crítico da pandemia, foi hoje, tal como tem ocorrido nas últimas semanas, o país que mais mortes somou nas últimas 24 horas em todo o mundo, muito acima dos Estados Unidos.
Essa tendência foi observada em todo o mês de março.
Apesar de o mês ainda não ter chegado ao fim, o Brasil foi o país em que mais se morreu devido à covid-19 no mundo, de acordo com dados da plataforma Our World in Data, vinculada à Universidade de Oxford.
Com a atualização dos dados feita pelo Governo Federal, a média de mortes no país também atingiu um novo máximo de 2.710 nos últimos sete dias.
Em relação ao número de infetados, a nação sul-americana concentrou 84.494 novos casos entre segunda-feira e hoje, elevando o total para 12.658.109 diagnósticos positivos da doença causada pelo novo coronavírus, de acordo com o último boletim epidemiológico difundido pela tutela da Saúde.
A taxa de incidência da doença no país, com 212 milhões de habitantes, disparou hoje para 151 mortes e 6.023 casos por 100 mil habitantes.
São Paulo, Estado mais populoso do país e foco da pandemia no Brasil, registou hoje um novo recorde de mortes, chegando às 1.209 vítimas mortais em apenas 24 horas, além de 21.360 novas infeções.
O Brasil tem batido sucessivos recordes de novos casos e mortes diárias e a falta de material médico preocupa os profissionais de saúde, que chegam a recorrer a clínicas veterinárias para obter medicamentos para intubar os pacientes, segundo revelou a imprensa local.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.792.586 mortos no mundo, resultantes de mais de 127 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.