Apesar de a mortalidade continuar em queda, o número de casos de contágio tem vindo a aumentar gradualmente desde julho, na sequência do desconfinamento no Reino Unido.

O número de pacientes de covid-19 hospitalizados também está em declínio, mantendo-se 764 internados, dos quais 60 com necessidade de ventilador.

Perante este cenário, o primeiro-ministro, Boris Johnson, disse hoje estar otimista e “absolutamente confiante” de que o Reino Unido vai conseguir controlar novos surtos de coronavírus.

“Aos poucos, este país incrível está a erguer-se e a recuperar da crise e neste Governo estamos comprometidos a fazer absolutamente tudo ao nosso alcance para ajudar”, acrescentou.

Hoje marca o início do ano letivo para muitas escolas em Inglaterra e País de Gales, devendo as restantes abrir nos próximos dias, enquanto que na Escócia e Irlanda do Norte as aulas já começaram.

O governo assegurou que o risco de saúde que as crianças correm é menor do que o impacto na sua educação e bem-estar se as escolas não reabrirem.

As escolas introduziram medidas para reduzir o contacto entre as crianças, como intervalos diferenciados e grupos por turmas ou anos, e nas escolas secundárias vai ser necessário o uso de máscaras em espaços comuns quando forem identificadas taxas elevadas de infeção.

Entretanto, a imprensa britânica começou a especular sobre a possível saída de Portugal da lista de países isentos de quarentena na chegada ao Reino Unido devido ao aumento de casos nos últimos dias.

Num artigo publicado hoje no jornal The Times, o presidente-executivo do International Airlines Group, que inclui a transportadora British Airways, afirmou que “outra reviravolta do Governo, adicionando Portugal à lista da quarentena, causará mais caos e sofrimento para os viajantes”.

Segundo Willie Walsh, o Governo britânico “está a usar estatísticas arbitrárias para proibir efetivamente 160 países e, no processo, destruir a economia”.

Espanha

Espanha contabilizou 8.115 novos casos de covid-19 dos quais 2.731 diagnosticados nas últimas 24 horas, o que eleva para 470.973 o número de infetados desde o início da pandemia, segundo números divulgados hoje pelo Ministério da Saúde espanhol.

O país tem mais 58 mortes com a doença notificadas nas últimas 24 horas, aumentando o total de óbitos para 29.152.

Madrid continua a ser a comunidade autónoma com maior número de novas infeções, 2.121 nos números contabilizados hoje, cerca de um quarto do total nacional, das quais 698 diagnosticadas nas últimas 24 horas.

Deram entrada com a doença nos hospitais 888 pessoas num dia, dos quais 247 em Madrid, 122 na Andaluzia e 103 na Catalunha.

Itália

Itália registou 978 novos casos de infeção pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, com o país a superar a barreira dos 270 mil infetados desde o início da crise pandémica, divulgou hoje o Ministério da Saúde italiano.

Em termos totais, e desde o início da crise da doença covid-19 no país, em 21 de fevereiro, Itália contabiliza 270.189 casos de pessoas que ficaram infetadas pelo novo coronavírus.

Desde segunda-feira, outras oito pessoas morreram no território italiano por causa da doença covid-19, o que eleva para 35.491 o número total de vítimas mortais registadas no país desde fevereiro.

De acordo com os dados do Ministério da Saúde italiano, 291 doentes foram dados como recuperados nas últimas 24 horas, com o país a totalizar 207.944 pacientes que conseguiram superar a infeção pelo novo coronavírus.

Os casos ativos de infeção em Itália são atualmente 26.754, dos quais a grande maioria (25.267) são doentes que estão nas respetivas casas.

Os doentes internados são, neste momento, 1.380, incluindo 170 em unidades de cuidados intensivos.

Entre os 978 novos contágios, a Lombardia, a região do país mais afetada pela atual pandemia, contabiliza 242, seguida pela zona de Lazio, onde fica a capital Roma, com 125 novos casos.

O Governo italiano continua, dentro da sua estratégia para detetar novos casos de infeção, a realizar testes em todos os aeroportos e portos do país, em especial a pessoas que chegam de países classificados como "de risco", como é o caso de Espanha, Grécia, Malta e Croácia, territórios que são destino de férias de muitos italianos.

A pandemia da doença covid-19 já provocou pelo menos 851.071 mortos e infetou mais de 25,5 milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.