A agência noticiosa France-Presse (AFP) relatou, por exemplo, que a página na Internet da rede de supermercados Lidl bloqueou, após terem sido colocados à venda os primeiros ‘kits’ destes testes que podem ser realizados em casa.

Já na concorrente rede de supermercados Aldi foi registada uma grande afluência de pessoas e os testes esgotaram em poucas horas.

“Queremos assegurar a todos aqueles que saíram de mãos vazias que novos ‘stocks’ são esperados nos próximos dias”, afirmou um porta-voz dos supermercados Aldi, em declarações ao jornal alemão Bild.

Perante um processo de vacinação que continua lento, o Governo alemão está a contar com a realização em massa de testes rápidos de antigénio para iniciar um plano de desconfinamento progressivo no país e assim tentar responder ao crescente descontentamento da população.

A partir de segunda-feira, toda a população terá direito a um teste de antigénio gratuito por semana, que será realizado por profissionais em farmácias ou em centros de testes certificados.

Vários fabricantes receberam também ‘luz verde’ para produzir ‘kits’ de testes domésticos.

O objetivo é dar mais liberdade à população após vários meses de restrições, mas os especialistas já advertiram que os testes rápidos são menos fiáveis do que os testes PCR (teste molecular) e que as medidas de proteção devem ser mantidas mesmo que o teste seja negativo.

A par das redes de supermercados, que limitam a venda de um pacote de cinco testes por pessoa, os testes também estarão disponíveis para venda em várias farmácias e em outros estabelecimentos a nível nacional nos próximos dias.

O ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, que tem sido criticado por causa do ritmo lento da campanha de vacinação no país, prometeu, entretanto, que existirão testes rápidos em quantidades “mais do que suficientes” para todos, incluindo 50 milhões de testes gratuitos por mês.

No entanto, os planos do Governo federal alemão estão a levantar algumas questões, nomeadamente sobre a capacidade de resposta das autoridades locais perante uma enorme procura de testes rápidos.

Esta semana, e após conversações com os governadores dos 16 Estados federados que compõem a Alemanha, a chanceler Angela Merkel aceitou um levantamento progressivo das restrições aplicadas no país no âmbito da pandemia da doença covid-19, cedendo a um descontentamento crescente na opinião pública e no próprio Governo a sete meses das eleições legislativas.

A Alemanha registou 9.557 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e 300 mortes nas últimas 24 horas, valores ligeiramente abaixo dos verificados no sábado anterior, segundo dados hoje divulgados.

O Instituto Robert Koch (RKI), a autoridade responsável pela prevenção e controlo de doenças na Alemanha, indicou também, ao atualizar a sua tabela de dados pandémicos, que a incidência acumulada nos últimos sete dias em todo o país foi de 65,6 casos por 100.000 habitantes, pelo que esta variável se mantém estável.

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