"As pessoas foram apanhadas de surpresa", afirmou Cristas, em declarações aos jornalistas, acrescentando que este é "mais um processo mal conduzido".
Segundo a líder do CDS "há vários organismos que têm formalmente a sede no Porto, mas na verdade não têm lá quase ninguém a trabalhar e aparentemente aquilo que o Governo quer fazer é um número".
Para Cristas discutir e analisar a transferência de serviços para outros locais do país pode fazer sentido, mas isso não passa por este tipo de decisões "em jeito de apagar a burrada que foi o processo EMA", relativo à candidatura do Porto para vir a acolher a Agência Europeia do Medicamento, que acabou por sair derrotada.
"É mais um exemplo de uma grande trapalhada, de problemas que o Governo muitas vezes cria a si próprio, porque está sempre a querer trabalhar na base das habilidades e não de um trabalho sério", apontou.
Cristas, que falava à margem da conferência "25 de novembro - Passado, Presente e Futuro", disse também que o CDS-PP tem apresentado propostas construtivas no Parlamento, como aconteceu no debate do Orçamento do Estado, tendo estas sido rejeitadas.
"Gostaria de ver do lado do Governo alguma atitude positiva e construtiva, não é só quando lhe falham os apoios à esquerda que chovem telefonemas para o CDS para ver se afinal o CDS dá uma mãozinha. Isso aconteceu no Orçamento do Estado mais do que uma vez", afirmou, sem adiantar pormenores sobre as matérias em causa.
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