“A Direção de Informação Rádio (DI) recusa categoricamente a acusação de ‘profunda deslealdade em relação ao CR e de desrespeito em relação ao plenário’ dos jornalistas da rádio, realizado ontem [quinta-feira], 24 de outubro”, lê-se no comunicado.
O CR da rádio pública RDP apresentou na quinta-feira a demissão, por considerar que a omissão de informação sobre contratação de jornalistas por parte da DI constitui “uma profunda deslealdade em relação ao CR”.
Em comunicado enviado à redação na quinta-feira, o CR da rádio pública explicou que o pedido de demissão foi apresentado no decurso do plenário que decorreu no mesmo dia e no qual o diretor de informação para a rádio, João Paulo Baltazar, revelou já ter feito o pedido de contratação de mais jornalistas para reforçar a informação da rádio, algo que não disse ao CR na última reunião em 17 de outubro e que só comunicou passadas duas horas de debate em plenário dedicado a discutir uma proposta de reorganização da redação.
Na sequência daquela acusação, a DI esclarece agora que, na quinta-feira, numa reunião convocada pelo CR, “entendeu — por uma questão de lealdade para com toda a redação — prestar uma informação aos jornalistas presentes, sobre um desenvolvimento da véspera”.
“Como era do conhecimento do CR, sempre foi intenção da DI pedir — em momento oportuno — um reforço suplementar de jornalistas, além do pedido feito com caráter de urgência no início do ano para a contratação de seis jornalistas, pedido este que ainda aguarda uma resposta do Ministério das Finanças”, esclarece a nota da DI.
A DI acrescenta que, na quarta-feira, enviou um pedido ao Conselho de Administração para um reforço suplementar da redação da rádio pública.
“Este pedido foi feito com base na auscultação que a DI fez no início do ano a toda a Redação num Encontro Geral de Jornalistas, por nós organizado. Nessa reunião geral, a Redação manifestou como prioridade o reforço das delegações nacionais e a criação de condições para que alguns jornalistas se pudessem dedicar a áreas específicas de informação — saúde, educação, justiça, etc.”, lê-se no comunicado.
O diretor de Informação apelou, em plenário, “para que a decisão dos membros eleitos do CR [de se demitirem] fosse reconsiderada”.
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