“Os turistas que visitam Elvas aumentaram em número e em diversidade [nacionalidades]. E este número, que é fantástico, mais de um milhão de visitantes, tem de ser assinalado”, afirmou Nuno Mocinha.
As fortificações da cidade de Elvas, no distrito de Portalegre, foram classificadas como Património Mundial na categoria de bens culturais, a 30 junho de 2012, no decorrer da 36.ª sessão do Comité do Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
De acordo com o autarca, os turistas provenientes da vizinha Espanha são a maioria dos que visitam a cidade raiana, seguindo-se os portugueses, ingleses, franceses e alemães.
Nuno Mocinha destacou também a criação de novas unidades hoteleiras, incluindo uma do grupo Vila Galé, que vai abrir em 2018, e mais projetos relacionados com o alojamento local, a par do comércio e de novas empresas e negócios que têm sofrido “um impulso” nos últimos anos.
“O futuro de Elvas passa por se afirmar num contexto de turismo militar e histórico, com o grande símbolo da UNESCO, e por manter mais tempo os turistas no território e a visitarem a cidade de maneira diferente”, acrescentou.
Graças ao seu legado histórico e militar e à classificação como Património da Humanidade, Elvas vai receber, em 2018, a primeira Cimeira Mundial de Turismo Militar.
O autarca alentejano quer também “adaptar” Elvas para todos aqueles que vivem com mobilidade reduzida, no sentido de alcançar a “bandeira” de cidade com “turismo de excelência”.
Entre os monumentos mais visitados e inserido nos bens classificados está o emblemático Forte da Graça, que, após obras de reabilitação no valor de 6,1 milhões de euros, foi reinaugurado no dia 27 de novembro de 2015 pelo então Presidente da República Aníbal Cavaco Silva.
Mandado construir em 1763 por ordem do Marechal Wilhelm von Schaumburg-Lippe, o forte constitui um “ex-líbris da cidade” dentro do conjunto de fortificações que estão classificadas como Património Mundial.
De acordo com a autarquia, mais de 200 pessoas trabalharam nas obras de requalificação do monumento, nomeadamente na recuperação da casa do governador, o ponto mais alto do forte, e nas casas dos oficiais.
Durante a intervenção, foram ainda repostas todas as cores originais do forte e recuperadas as estruturas, como a cisterna, a prisão, as galerias de tiro e a capela, onde foram descobertos frescos do século XIX, também alvo de intervenção.
“Quando Elvas foi elevada a Património Mundial existiam três condicionantes que na altura a UNESCO colocou na classificação. Uma delas foi o Forte da Graça, a outra tinha a ver com os planos de salvaguarda do perímetro classificado, e que já estão em vigor, e a terceira, que também já está em vigor, tinha a ver com o gabinete de gestão da área classifica”, recordou Nuno Mocinha.
Além de continuar a ser alvo de obras de reabilitação do património arqueológico e militar, Elvas aposta também na recuperação de casas do centro histórico para “trazer pessoas para o interior da cidade amuralhada”, referiu.
Na área das tecnologias, a cidade de Elvas transformou-se, em 2016, numa ´smart city` e o Forte da Graça foi equipado com tecnologia ´bluetooth`, que permite realizar uma visita ao monumento de forma autónoma através de um smartphone.
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