"O nosso objetivo com a realização deste protesto é, mais uma vez, sensibilizar a tutela para a necessidade de corrigir um erro crasso que foi a introdução de portagens na A28 e, sobretudo, a colocação de um pórtico à entrada de uma zona industrial", afirmou à Lusa Luís Ceia, que é também líder da Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL).
Para aquele responsável, "o pórtico constitui uma incongruência sobretudo numa altura em que se fazem todos os esforços para captar investimento para o concelho e se taxa a entrada numa zona empresarial".
"O pórtico constitui um entrave aos movimentos pendulares, intra e inter concelhios sem que nada justifique a sua implantação no local", sustentou garantindo que a sua eliminação seria uma "medida reduzida mas eficaz, um incentivo à circulação de pessoas e bens provocada pela maior facilidade de acesso e diminuição dos custos associados".
Segundo Luís Ceia, a concentração que vai decorrer, na sexta-feira, às 12:00, próximo do pórtico de Neiva da A28, tem ainda como objetivo como objetivo "protestar contra a forma discriminatória como o Alto Minho é tratado" pelo facto da autoestrada A28, não ter sido incluída na lista de ex-scut que beneficiaram da redução do valor das portagens decidida pelo Governo.
"A A28 preenche claramente os mesmos requisitos que levaram a tão meritória decisão", sustentou o líder a AEVC que representa cerca de 1.300 empresários de Viana do Castelo, Caminha, Vila Nova de Cerveira, Valença e Paredes de Coura.
A AEVC justificou a reivindicação "com os índices económicos do Alto Minho, comparáveis aos do interior do país e inferiores aos da média nacional, com o entrave que constituem as portagens no desenvolvimento da região e nas relações transfronteiriças".
No protesto, que "não visa criar desordem, nem distúrbios na circulação automóvel" vão participar além "dos empresários do distrito de Viana do Castelo, associações congéneres de Pontevedra e Ourense, bem como os municípios que integram a Comunidade Intermunicipal do Alto Minho".
Quem também já demonstrou estar solidário com os empresários foi o autarca e presidente da Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, ao revelar que também vai participar na concentração marcada pelos empresários locais de protesto contra a não inclusão da A28 na lista de ex-scut que beneficiaram da redução do valor das portagens.
"Estarei presente em tudo aquilo que for em defesa do nosso território (...). Entendemos que a A28 não devia ser portajada e devia ter o mesmo regime de isenções e reduções fiscais que tiveram outras vias no país. É um legítimo anseio dos nossos empresários, é também um aspeto importante da nossa relação com a vizinha Galiza e por isso, tal como no passado, estarei solidário com os empresários do distrito de Viana do Castelo", disse o socialista José Maria Costa.
Questionado pela agência Lusa, a propósito da concentração marcada pela Associação Empresarial de Viana do Castelo (AEVC) para sexta-feira na A28, autoestrada que liga aquela cidade ao Porto, José Maria Costa exigiu o "mesmo tratamento de equidade" decidido pelo Governo para outras regiões do país que beneficiaram de reduções do valor das portagens nas ex-scut.
O autarca, que é também presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho, estrutura que congrega os dez concelhos do distrito de Viana do Castelo, acrescentou que a concentração contará com a presença "dos municípios que puderam estar presentes".
A concentração vai decorrer, na sexta-feira, às 12:00, próximo do pórtico de Neiva da A28.
[atualizado às 15h15]
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