O montante de empréstimos ao consumo aumentou 141 milhões de euros em julho face a junho, para 21.800 milhões de euros, e cresceu 6,6% em termos homólogos, a maior subida desde março de 2020, informou hoje o BdP.
Segundo o Banco de Portugal (BdP), “desde o início do ano, estes empréstimos têm apresentado uma trajetória de aceleração, contrariamente ao observado para o conjunto da área do euro a partir de maio de 2024”.
Em julho de 2024, o montante total de empréstimos a particulares registou um crescimento anual de 1,6%, para 129.599 milhões de euros.
O ‘stock’ de empréstimos para habitação totalizava 99.800 milhões de euros, mais 148 milhões de euros do que em junho, tendo estes empréstimos registado um crescimento homólogo de 0,5%, o maior aumento anual desde maio de 2023.
No que se refere ao ‘stock’ de depósitos de particulares nos bancos residentes, no final de julho totalizava 189.000 milhões de euros, mais 2.300 milhões de euros do que em junho.
Este aumento reparte-se entre responsabilidades à vista (1.100 milhões de euros) e depósitos a prazo (1.200 milhões de euros).
Devido a este aumento dos depósitos de particulares, o BdP refere que “a respetiva taxa de variação anual voltou a acelerar”, fixando-se em 7,2%, mais 0,5 pontos percentuais do que em junho, sendo preciso recuar a maio de 2021 para observar uma taxa de variação anual superior.
No caso das empresas, o ‘stock’ de empréstimos concedidos pelos bancos totalizava 72.900 milhões de euros no final de julho de 2024, mais 145 milhões do que no final de junho e um crescimento de 0,2% relativamente a julho de 2023, a primeira variação anual positiva desde dezembro de 2022.
As grandes empresas e as microempresas mantiveram uma taxa de variação anual positiva (0,9% e 6,3%, respetivamente), enquanto as pequenas e médias empresas continuaram a observar taxas negativas (-2,6% e -5,6%, respetivamente).
Por setor de atividade, os setores das indústrias e eletricidade e do comércio, transportes e alojamento registaram, em julho, taxas de variação anual negativas, de -1,5% e -1,9%, respetivamente (-2,9% e -2,3% em junho). Pelo contrário, o setor da construção e atividades imobiliárias apresentou uma taxa de variação anual positiva, de 3,2% (2,9% em junho).
Quanto ao ‘stock’ de depósitos das empresas nos bancos residentes, totalizava, no final de julho, 63.700 milhões de euros, menos 2,100 milhões de euros do que no mês anterior.
Relativamente ao mês homólogo, estes depósitos decresceram 0,5%, regressando assim a taxa de variação anual a valores negativos, após dois meses com valores positivos.
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