Estes profissionais, especialistas em saúde materna e obstétrica, desde o início do mês que não prestam cuidados diferenciados em protesto pelo não pagamento desta especialização.
Em declarações à agência Lusa, Bruno Reis, do movimento Enfermeiros Especialistas em Saúde Materna e Obstétrica (EESMO), disse valorizar a aproximação do Ministério da Saúde e que os enfermeiros vão aguardar pela reunião de segunda-feira entre a federação sindical e o ministro da Saúde.
“Soubemos que a federação sindical foi clara para iniciar processo negocial claro e efetivo na segunda-feira e reconhecemos e valorizamos a abordagem do ministro, que quer resolver a situação”, disse Bruno Reis.
Na quinta-feira, foi divulgado o parecer pedido pelo Ministério da Saúde à PGR, que admite que os enfermeiros especialistas em protesto podem ser responsabilizados disciplinar e civilmente, bem como incorrer em faltas injustificadas.
O parecer reconhece que os enfermeiros especialistas têm legitimidade para defender os seus interesses remuneratórios, nomeadamente recorrendo à greve, mas ressalva que “a recusa de prestação de serviço dos enfermeiros com título de especialista não é enquadrável numa greve”.
“A não prestação de serviço conduz a faltas injustificadas”, adverte o parecer da PGR.
Questionado pela Lusa sobre o parecer, Bruno Reis disse não ter tido acesso às perguntas feitas aquando do pedido de parecer, o que considerou limitador para fazer uma análise mais global da posição da PGR.
Contudo, sublinhou que os enfermeiros especialistas, analisando o parecer e a atitude da tutela, vão manter o protesto e aguardar que na segunda-feira possa sair um acordo de princípio com as respostas que estes profissionais têm pedido.
“Vamos aguardar que na segunda-feira possa sair um acordo de princípio com as respostas que sempre pedimos”, afirmou Bruno Reis, acrescentando: “Após a reunião, o movimento vai refletir, ponderar e tomar as suas decisões em consciência com as tomadas de posição que sairão [da reunião] de segunda-feira”.
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