“Estamos profundamente envolvidos e preocupados com o aspeto operacional, porque muitas pessoas foram afetadas e cumpriram todo o processo para serem admitidas nos Estados Unidos”, disse Filippo Grandi, em declarações à agência noticiosa Associated Press (AP).
“Estamos a trabalhar para eliminar as consequências [da decisão] e discuti-las com a administração dos EUA”, prosseguiu Grandi em Beirute, após ter visitado o vale de Bekaa (no leste), onde estão instalados milhares de refugiados sírios.
As suas declarações foram emitidas horas após a decisão de um juiz federal, que bloqueou o decreto do Presidente Donald Trump que impede a entrada temporária no país de cidadãos provenientes de sete países muçulmanos, ou de refugiados.
Trump já criticou este “alegado juiz” que contrariou, a nível de todo o país, a sua ordem executiva, que recusa as entradas nos Estados Unidos, mas o departamento de Estado confirmou já a suspensão da medida, na sequência da decisão do juiz.
Trump assinou no passado dia 27 de janeiro um decreto presidencial que impede a entrada nos Estados Unidos durante três meses aos cidadãos do Iraque, Irão, Iémen, Líbia, Somália, Sudão e Síria, no âmbito de um pacote de medidas para proteger o país de “terroristas islâmicos radicais”.
A controversa ordem presidencial também suspende durante 120 dias o programa de acolhimento de refugiados, que em 2017 deverá ser reduzido para menos de metade (50.000 pessoas de todo o mundo), em comparação com os anos anteriores.
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