“Tornamos pública a nossa veemente condenação a um ato agressivo, unilateral e violento que a administração americana, mandatada pelo seu presidente Donald Trump, decidiu executar, ao arrepio da Organização das Nações Unidas e do Direito Internacional”, escreveu a associação em comunicado enviado às redações.

O general Qassem Soleimani, comandante da força de elite iraniana Al-Quds, morreu na sexta-feira num ataque aéreo contra o carro em que seguia, junto ao aeroporto internacional de Bagdade, ordenado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

No mesmo ataque morreu também o 'número dois' da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque, Abu Mehdi al-Muhandis, conhecida como Mobilização Popular [Hachd al-Chaabi], além de outras oito pessoas.

A A25A classificou a investida americana como um “ato criminoso” e apelou ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, à Assembleia da República e ao Governo para que atuem “dentro das suas específicas funções e poderes” não deixem de “condenar este ato criminoso e unilateral”.

Na mesma nota, a associação faz referência a uma reunião entre Mike Pompeo, secretário de estado dos EUA, e Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, realizada em Lisboa em dezembro do ano passado.

“Recusamo-nos a aceitar que este ato de agressão ‘gratuita’ possa ter sido combinada no recente encontro em Lisboa, entre Mike Pompeo e Benjamin Netanyahu, hipótese por muitos avançada”, afirmou a associação.

A associação 25 de abril deixa ainda uma nota de confiança às instituições internacionais para que estas procedam igualmente à condenação das investidas norte-americanas no solo de Bagdade.

Mais de uma dúzia de mísseis iranianos foram lançados na quarta-feira de madrugada contra duas bases iraquianas, em Ain al-Assad e Arbil, que albergam tropas norte-americanas.

Esta ação foi assumida pelos Guardas da Revolução iranianos como uma “operação de vingança” da morte do general Qassem Soleimani, comandante da força de elite Al-Quds, que morreu na sexta-feira num ataque aéreo em Bagdad, capital do Iraque, ordenado pelo Presidente dos EUA, Donald Trump.

O Departamento de Defesa norte-americano confirmou que "mais de uma dúzia de mísseis" iranianos foram disparados contra as duas bases, mas não indicou se resultaram vítimas dos ataques.