O fogo que começou em Aboboreira às 00:01 de quarta-feira entrou em conclusão às 06:50 de hoje, disse à Lusa fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro de Santarém. No local estão ainda 695 operacionais e 209 meios terrestres.
De acordo com a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), um fogo em conclusão é um “incêndio extinto, com pequenos focos de combustão dentro do perímetro do incêndio”.
O incêndio em Mação foi um dos mais intensos dos últimos dias, com o presidente da Câmara a estimar que cerca de 80% do concelho tenha ardido.
“Estamos a chegar ao nosso limite e já não há muito por onde arder”, afirmou Vasco Estrela à Lusa na sexta-feira à noite, estimando que as chamas tivessem consumido “entre nove a dez mil hectares de floresta”, a somar aos “18 mil que já tinham ardido há duas semanas” e que deixaram Mação com 80% da área do concelho queimada.
Os danos não estão ainda quantificados, mas o presidente da autarquia temia “prejuízos económicos muito elevados na maior riqueza produtiva do concelho”, para o qual reclamava “uma atenção especial”.
“Seria uma injustiça inqualificável que não tivéssemos tratamento similar ao de outros concelhos afetados pelos incêndios”, afirmou, reclamando que seja “reconhecido o Estado de calamidade pública” e que o município “tenha as mesmas prerrogativas que Pedrógão Grande, por exemplo, em termos de apoio do Portugal 2020”.
Outros três incêndios eram destacados pela ANPC pelas 07:15, um deles, em Gavião, já dominado desde sábado à noite, mas ainda a mobilizar 438 operacionais e 132 meios terrestres.
Em curso estavam outros dois incêndios, em Ribeira de Pena (Vila Real) e na Covilhã (Castelo Branco).
Em Ribeira de Pena encontravam-se 190 operacionais e 56 veículos a combater as chamas que deflagraram em Vilarinho no sábado à tarde.
O presidente da Câmara de Ribeira de Pena, Rui Vaz Alves, definiu como prioritária a defesa das povoações mais próximas da linha de fogo e, segundo o autarca, foram preparados os meios necessários para, caso seja necessário, retirar pessoas.
Os operacionais estão a ser estrategicamente colocados junto a localidades, como Formozelos, para travar a progressão das chamas em direção à aldeia.
O incêndio lavra em mato e pinhal, numa zona de relevo difícil e com poucos acessos.
O fogo na Covilhã, com duas frentes ativas, era combatido por 220 operacionais e 65 meios terrestres.
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