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A transportadora alemã justifica a decisão com a necessidade urgente de garantir o cumprimento das determinações da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), que já tinha reconhecido o direito de acesso ao terminal, antes que a RNE "crie uma situação de real esgotamento da capacidade". Segundo a empresa, está comprovado que existe capacidade disponível sem Sete Rios e que o acesso deve ser assegurado "em condições equitativas e não discriminatórias", revela a nota de imprensa

Em comunicado, a FlixBus acusa a RNE de violar os princípios de concorrência e da equidade, sublinhando que a recusa de acesso "compromete gravemente os direitos fundamentais da empresa e os interesses dos passageiros". A empresa defende que a sua presença no terminal é essencial para garantir uma oferta de transporte rodoviário competitiva.

O que é que aconteceu? 

Na passada quinta-feira, 6 de novembro, a FlixBus promoveu uma ação simbólica no terminal de Sete Rios. Cerca de 50 pessoas vestidas de verde representaram os passageiros da transportadora que estão impedidos de entrar naquele espaço. Durante a iniciativa, a direção da empresa em Portugal voltou a alertar para as consequências económicas e concorrenciais da exclusão.

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De acordo com a FlixBus, a proibição de acesso a Sete Rios representa uma perda estimada de 12,5 milhões de euros só em 2024, valor que “aumenta a cada ano que passa” e que corresponde a viagens que deixaram de ser vendidas por falta de acesso ao principal terminal do país. A empresa recorda que o primeiro pedido formal de acesso foi apresentado em 2023, ao abrigo da lei de 2019, que garante o acesso equitativo a terminais rodoviários.
Contudo, acusa o Grupo Barraqueiro de “nunca ter respondido aos contactos” e de continuar a impedir a sua operação em Sete Rios. Em maio de 2025, a AMT deu razão à FlixBus, reconhecendo o direito de acesso ao terminal e concluindo que não ficou provado o esgotamento da capacidade da infraestrutura. O processo foi entretanto remetido à Autoridade da Concorrência (AdC).

Em reação, a Rede Expressos, concessionária do Terminal de Sete Rios, reafirmou a recusa de acesso a novos operadores, incluindo a FlixBus e a BlaBlaCar. Em comunicado, a empresa alega que, nas “atuais condições”, a entrada de novos operadores “não é viável e colocaria em causa a segurança de passageiros, trabalhadores e bens”. O gerente do terminal, Martinho Costa, defende que o espaço se "encontra no limite da sua capacidade operacional e física, não dispondo de condições para acolher mais horários ou operadores sem comprometer a segurança e a qualidade do serviço prestado".

A concessionária refere ainda que o terminal está saturado, a operar no limite das suas infraestruturas internas e externas, sem espaço adicional para circulação ou estacionamento seguro de mais autocarros. Por isso, considera que o pedido da FlixBus para 96 novos horários e da BlaBlaCar para 12 horários “excederia enormemente a capacidade instalada”

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