Para além do também professor da Universidade Nova de Lisboa, o grupo de trabalho vai ser constituído pela diretora do Museu do Fado, Sara Pereira, pela etnomusicóloga Salwa Castelo-Branco e, em representação do Ministério da Cultura, pela técnica especialista Rita Jerónimo.
O despacho, assinado em 15 de março pela ministra da Cultura, Graça Fonseca, e duas semanas depois pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, indica que este grupo tem por objetivo “elaborar uma proposta de programa oficial das comemorações de dimensão nacional e internacional, acompanhada de plano de atividades, cronograma e orçamento, para apresentar ao membro do Governo responsável pela área da cultura até 06 de outubro de 2019”.
O grupo de trabalho deverá ainda “associar às comemorações os organismos das áreas da cultura e da comunicação social, sob direção, superintendência e tutela do membro do Governo responsável pela área da cultura, assim como outras entidades relevantes na área do fado, da música e da cultura em geral”, relacionando também outros eventos ou comemorações.
O documento - publicado no dia em que vai ser apresentado o projeto “Amar Amália”, que assinala os 20 anos da morte da fadista - refere que o grupo de trabalho deverá “promover a cooperação das entidades nacionais com organismos a nível internacional” e “incentivar a participação de outras entidades, públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras, incluindo representantes da comunidade académica e científica no programa das comemorações”.
Como recorda o despacho, “Amália Rodrigues é uma referência incontornável da cultura portuguesa” que “marcou a História do Fado pela autenticidade e inovação, desde o interesse pela poesia que a levou à interpretação de grandes poetas portugueses, como à introdução de novas posturas e indumentárias que viriam a transformar-se em verdadeiras convenções performativas”.
“A excecionalidade de Amália deve-se às suas interpretações no teatro e no cinema, pelas inúmeras gravações discográficas e por uma carreira repleta de êxitos e de tournées um pouco por todo o mundo”, pode ler-se no texto.
Amália da Piedade Rebordão Rodrigues nasceu em Lisboa no dia 23 de julho de 1920 e morreu em 06 de outubro de 1999, estando sepultada no Panteão Nacional desde 08 de julho de 2001.
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