Catarina Barbosa, representante do movimento que se denomina "greve cirúrgica", esteve numa reunião na Ordem dos Enfermeiros e adiantou que a nova recolha de fundos arrancou hoje.
Este movimento, que esteve na base da greve que decorre até ao final do mês em blocos operatórios, tinha conseguido cerca de 360 mil euros para apoiar os grevistas que ficarão sem salários na atual paralisação, em curso há quase três semanas.
Agora é lançada outra recolha pública de fundos, através de uma plataforma na Internet, para uma segunda fase de greve em blocos cirúrgicos, que ainda não tem data marcada.
Os enfermeiros pretendem angariar 400 mil euros até meados de janeiro.
Segundo disse aos jornalistas Catarina Barbosa, a nova greve será semelhante à paralisação em curso, mas ainda não estão definidas nem as datas nem os blocos operatórios que vai afetar.
Segundo o Sindicato Democrático dos Enfermeiros, um dos dois que convocou a greve, a atual paralisação já levou ao adiamento de cerca de seis mil cirurgias.
A “greve cirúrgica” dos enfermeiros, que se iniciou a 22 de novembro e termina a 31 de dezembro, está a decorrer nos blocos operatórios do Centro Hospitalar Universitário de S. João (Porto), no Centro Hospitalar Universitário do Porto, no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte e no Centro Hospitalar de Setúbal.
Os enfermeiros têm apresentado queixas constantes sobre a falta de valorização da sua profissão e sobre as dificuldades das condições de trabalho no Serviço Nacional de Saúde, pretendendo uma carreira, progressões que não têm há 13 anos, bem como a consagração da categoria de enfermeiro especialista.
A paralisação foi convocada pela Associação Sindical Portuguesa de Enfermeiros (ASPE) e pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor).
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