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A greve dos médicos registou uma adesão de cerca de 80%, sobretudo nas consultas dos centros de saúde e consultas programadas nos hospitais, segundo dados preliminares avançados pela presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fnam), Joana Bordalo e Sá à Agência Lusa.

De acordo com a dirigente sindical, vários blocos operatórios encerraram e estão apenas a cumprir serviços mínimos. No Norte, hospitais como o Padre Américo (Penafiel), São João, Santo António e o Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto suspenderam praticamente toda a cirurgia programada. No Alto Minho e na zona de Braga, a adesão nos centros de saúde foi “próxima dos 100%”.

Na região Centro, as Unidades de Saúde Familiar (USF) das ULS de Coimbra, Baixo Mondego e Viseu pararam, enquanto no Sul, o Hospital Doutor José Maria Grande (Portalegre) não realizou cirurgias e as USF da ULS São José (Lisboa) aderiram integralmente.

Joana Bordalo e Sá acusou a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, e o primeiro-ministro, Luís Montenegro, de inação e falta de diálogo, criticando a proposta de mobilidade forçada nos serviços de urgência regionais, que considera uma “imposição” do Governo. A Fnam alerta que esta medida coloca em causa os cuidados de proximidade a grávidas e recém-nascidos, especialmente fora dos grandes centros urbanos.

A sindicalista também responsabilizou o primeiro-ministro por ser “conivente” com a falta de diálogo, e defendeu que Ana Paula Martins deve ser substituída, apontando ainda para os atrasos na oncologia e para a substituição do presidente do INEM, Sérgio Janeiro, como exemplos da “falta de competência” da ministra.

A Fnam acusa ainda o Governo de desrespeitar o processo negocial, afirmando que os diplomas em discussão já terão sido aprovados em Conselho de Ministros.

Durante o dia, a federação tem agendada uma reunião online com o Ministério da Saúde às 15h15, embora sem informação sobre os temas a abordar.

A paralisação decorre em simultâneo com a greve da Administração Pública convocada pela Frente Comum, que acusa o Governo de desinvestir nos serviços públicos e degradar as condições de trabalho.

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