De acordo com o balanço atualizado feito pela CP à Lusa, entre as 00:00 e as 22:00 estavam programados 1.274 comboios e foram efetuados 371, dos quais 18 de longo curso, 85 regionais, 189 urbanos de Lisboa e 79 urbanos do Porto.

A CP tinha alertado na segunda-feira para “fortes perturbações na circulação de comboios em todos os serviços” e em todo o país hoje e na quinta-feira devido à greve dos trabalhadores da IP.

Em declarações à agência Lusa hoje de manhã, o presidente da Aprofer, Adriano Filipe, disse que “a paralisação está a decorrer como previsto, estando a ser cumpridos os serviços mínimos”.

A greve abrange os perto de 300 trabalhadores do Comando e Controlo Ferroviário da IP, que regulam a pontualidade e a segurança de 100% das circulações ferroviárias e que estão concentrados nas estações de Braço de Prata, Contumil e Setúbal, ou seja, nos centros de comando operacionais (CCO) de Lisboa, do Porto e de Setúbal.

Conforme explicou anteriormente Adriano Filipe, em greve estão os supervisores de comando ferroviário e de permanência geral de infraestruturas ferroviárias.

À Lusa, o presidente da Aprofer adiantou que na base da greve está a reivindicação de um sistema de formação profissional próprio para os centros de comando operacionais, de um sistema de avaliação e desempenho específico para estas funções e de uma atualização nas remunerações.

"E, se as coisas não se resolverem, vamos continuar com greves até que se resolvam", avisou o presidente da Aprofer.

A IP já tinha alertado para os efeitos da paralisação.

Também a Fertagus alertou na sua página eletrónica que, "face à greve anunciada na IP - Infraestruturas de Portugal entre as 00:00 e as 24:00, nos dias 12 e 14 de julho de 2022, encontram-se previstas fortes perturbações na circulação de comboios”.

[Notícia atualizada às 23h06]