No comunicado, emitido a propósito da demissão de nove dos 16 chefes de equipa do Serviço de Urgência, a administração diz ainda que há “abertura” para o reforço de médicos naquele serviço.

Acrescenta que os “avanços” se registaram após reuniões do Conselho de Administração com o diretor do Serviço de Urgência e deste com os chefes de equipa.

“O Conselho de Administração reitera que continua muito empenhado na resolução deste tema, reforçando que, em momento algum, esteve ou está em risco a qualidade na prestação de cuidados de saúde à população e espera alcançar um consenso em breve”, sublinha o comunicado.

Segundo o Sindicato Independente dos Médicos (SIM), nove dos chefes de equipa da Urgência do Hospital de Braga demitiram-se esta semana, em forma de protesto contra a falta de condições de trabalho e o “desinvestimento” no Serviço Nacional de Saúde.

O secretário-geral do SIM, Jorge Roque da Cunha, adiantou que há outros cinco que neste momento não estão ao serviço, por se encontrarem de baixa ou de licença, mas que “estão solidários” com os demissionários.

Para Roque da Cunha, estas demissões constituem mais um “grito de alerta” para a “escassez” de profissionais e de condições de trabalho que se regista “um pouco por todos os hospitais públicos do país”.

“Quando um especialista que trabalha 40 horas semanais recebe cerca de 1.800 euros líquidos de salário, e quando um especialista que trabalha 35 horas recebe 1.150 euros, é fácil compreender a fuga para o privado”, referiu.

O dirigente sindical disse ainda que esta é uma realidade que se mantém há 10 anos, pelo que considerou “fundamental” que o Governo receba os sindicatos e negoceie uma nova grelha salarial.

O SIM sublinha que os problemas no Hospital de Braga se acumulam em muitos outros serviços, apontando como exemplo a Obstetrícia, “que ainda não tem completa a escala de novembro e que para dezembro tem ainda 50 turnos em falta”.

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