“Estamos a posicionar-nos para ajudar o governo [moçambicano] e os parceiros para isso. Temos de nos lembrar que, muitas vezes, os impactos em termos de doenças se devem mais ao colapso do sistema de saúde do que ao impacto direto da própria catástrofe”, declarou Matshidiso Moet, após visitar o Centro de Controlo da Cólera instalado no complexo sanitário do bairro de Mucurungo, na Beira.

A responsável da OMS assinalou que os casos de cólera “têm aumentado todos os dias” e, por isso, é preciso criar mais centros de tratamento, para que a população a eles possa recorrer ao sentir os primeiros sintomas, para prevenir a expansão da doença.

Avisou também que são esperados mais surtos devido às más condições sanitárias, falta de acesso a água potável e casas sobrelotadas.

“Daqui a alguns dias vamos começar a fazer a campanha de vacinação oral para melhorar a imunidade da população e conter a transmissão. Alem disso esperamos outro tipo de surtos surtos de sarampo, aumento dos casos de malária”, exemplificou

A médica sublinhou que é preciso “trabalhar como governo e os outros parceiros para restabelecer os cuidados de saúde essenciais.

“Para as mulheres que vão dar à luz, por exemplo, certificarmo-nos que são ajudadas por uma profissional com formação adequada, para as crianças pequenas controlar as doenças comuns”, adiantou.

Lembrou também que Moçambique “é uma região com problema significatiivo de HIV e temos de nos certificar que as pessoas podem continuar a fazer o tratamento, bem como as pessoas com doenças crónicas, para prevenir que isto se torne numa segunda crise de saúde”

A responsável da OMS cruzou-se no local com o amigo Francisco George, presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, cujo hospital de campanha está instalado no mesmo local.

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