O Ministério Público de Roma deu início a uma investigação ao homicídio do cientista italiano Alessandro Coatti, ocorrido na Colômbia, onde o seu corpo foi encontrado desmembrado no interior de uma mala. Uma das principais linhas de investigação aponta para a hipótese de ter sido morto por engano, num possível ajuste de contas entre grupos criminosos rivais, diz o The Guardian.
Alessandro Coatti, de 38 anos, era um biólogo molecular que trabalhou durante oito anos na Royal Society of Biology, em Londres. Tinha deixado a instituição no final de 2023 para viajar pela América do Sul, onde conciliava turismo com investigação científica. A última vez que foi visto com vida foi a 3 de Abril, ao sair de um hostel em Santa Marta, uma cidade portuária situada na costa caribenha da Colômbia.
Dois dias depois, partes do seu corpo foram encontradas no interior de uma mala abandonada nos arredores da cidade. Segundo as autoridades colombianas, o corpo apresentava sinais evidentes de tortura e esquartejamento, características associadas a métodos usados por grupos armados que operam naquela região.
Apesar de não existirem indícios de qualquer envolvimento de Coatti com o crime organizado, a possibilidade de ter sido confundido com outro alvo está a ser considerada seriamente. O Corriere della Sera relata que poderá tratar-se de um caso de identidade trocada, no contexto de rivalidades entre facções criminosas.
O Ministério Público de Roma anunciou que irá colaborar com as autoridades colombianas, sendo esperada a deslocação de uma equipa italiana a Santa Marta para acompanhar de perto a investigação.
Comentários