Numa conferência de imprensa, o comandante Stuart Cundy sublinhou que é esperado que aumento o número de mortos.

Na torre Grenfell, um edifício com 24 andares e 120 apartamentos localizado em North Kensington, viviam entre 400 e 600 pessoas.

Os bombeiros já haviam informado hoje que não há expectativa de encontrar mais pessoas com vida no edifício, que ardeu num incêndio que começou na quarta-feira e foi dado hoje por terminado.

Na sua declaração à imprensa, Cundy também disse que a operação de busca e resgate no imóvel levará “muito tempo” e que atualmente há equipas especializadas no local.

Depois de confirmar que ainda não foi possível estabelecer a origem do incêndio, referiu que estas equipas especializadas levaram cães para tentar encontrar os desaparecidos, que cifrou “em dezenas”, sem conseguir dar um número exato.

Stuart Cundy descartou que o incêndio esteja relacionado com terrorismo, dizendo que “não há nada” que aponte para esta hipótese.

O comandante confirmou que dos quase 80 feridos socorridos, “há ainda 37 pessoas a receber tratamento, das quais 17 estão em estado crítico”.

“Como dissemos ontem (quarta-feira), a nossa prioridade absoluta é identificar e localizar as pessoas que continuam desaparecidas”, assinalou.

A partir de agora, o inspetor chefe da polícia metropolitana de Londres (Met), Matt Bonner, será o encarregado de liderar esta investigação, informou o comandante.

O incêndio de grandes dimensões deflagrou esta quarta-feira à 01:15 (mesma hora em Lisboa) na torre Grenfell, numa zona próxima de Notting Hill, na zona oeste da capital do Reino Unido.

Três famílias de portugueses e mais dois portugueses residiam no prédio e duas crianças portuguesas estão internadas, mas livres de perigo, na sequência do incêndio.

Famílias inteiras estão desaparecidas e o número de mortos poderá certamente subir, de acordo com a polícia londrina.

Mais de 200 bombeiros trabalharam durante a noite, mas partes do prédio ainda são consideradas inseguras.

Uma associação de moradores da região já havia alertado várias vezes sobre o risco de incêndio naquele bloco de apartamentos.

Cerca de 600 pessoas viviam em 120 apartamentos na Torre Grenfell, que tinha 24 andares.

O edifício de habitação social, construído em 1974, foi submetido a obras orçadas em 8,6 milhões de libras (9,7 milhões de euros) e concluídas em maio do ano passado, de acordo com o Royal Borough of Kensington and Chelsea.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, prometeu uma investigação e planeia hoje visitar o local da tragédia.

O autarca de Londres, Sadiq khan, disse que muitas perguntas devem ser respondidas sobre a segurança em outros edifícios de apartamentos da capital britânica.

As causas do incêndio ainda são desconhecidas.

Mais de um milhão de libras (1,13 milhões de euros) já foram arrecadados para as vítimas do incêndio e voluntários trabalham para encontrar abrigo e doar alimentos e roupas às pessoas que perderam as suas casas.

[Notícia atualizada às 13h26]

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