De acordo com partes do texto final consensualizado entre PSD, PS, CDS-PP e BE a que a Lusa teve hoje acesso, a comissão terá um mandato de 60 dias, a partir da data de constituição, prorrogáveis por mais 30, até conclusão dos trabalhos.
Os 12 técnicos especialistas deverão ter "reconhecidos méritos nacionais e internacionais" e competências nas áreas da Proteção Civil, prevenção e combate aos incêndios florestais, ciências climáticas, ordenamento florestal e comunicações.
Nesta comissão, proposta pelo PSD e aceite pelos restantes partidos com assento parlamentar, à exceção de PCP e PEV, seis dos técnicos serão designados pelo presidente do parlamento, Ferro Rodrigues, "ouvidos os grupos parlamentares".
Os restantes seis elementos serão indicados pelo Conselho de Reitores "e designados pelo Presidente da Assembleia da República".
A comissão terá como objetivo "proceder a uma avaliação independente em relação aos incêndios de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera, Ansião, Alvaiázere, Figueiró dos Vinhos, Arganil, Góis, Penela, Pampilhosa da Serra, Oleiros e Sertã".
Para o desempenho da missão, esta comissão deverá "analisar e avaliar a atuação de todas as entidades do sistema de Proteção Civil e do dispositivo de combate de incêndios, dos sistemas de comunicações e informações e de serviços públicos relevantes".
O texto refere ainda "a obrigatoriedade das entidades públicas e privadas darem todas as informações necessárias para o cumprimento da sua missão".
O texto final deverá ser entregue no parlamento na quinta-feira, de forma a ser votado, na generalidade, especialidade e votação final global, na sexta-feira.
O incêndio que deflagrou há uma semana, em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos, e só foi dado como extinto no sábado.
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