A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) indicou, em comunicado enviado à agência Lusa, que a jovem de 20 anos está internada na Unidade de Cuidados Intensivos de Queimados do Hospital de S. José, integrado no Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC).

“A jovem está internada com queimaduras extensas. A situação clínica é grave e complexa, com prognóstico a definir face à evolução clínica”, acrescentou o serviço regional do Ministério da Saúde.

A outra jovem, de 25 anos, está na Unidade de Queimados do Hospital de Santa Maria, que faz parte do Centro Hospitalar de Lisboa Norte (CHLN).

“A jovem apresenta uma situação clínica grave, mas com boa resposta à terapêutica instituída”, referiu a ARSLVT.

O incêndio de sábado em São Bento do Cortiço, no concelho de Estremoz, provocou ferimentos graves nestas duas jovens, que foram transportadas de helicóptero para as unidades hospitalares em Lisboa, mas fez ainda outros quatro feridos ligeiros, todos homens, com idades entre os 20 e os 25 anos, assistidos no Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE).

Fonte desta unidade revelou à Lusa que um deles teve alta logo no sábado, outro foi para a unidade de queimados do Hospital de Coimbra e os outros dois foram encaminhados para cirurgia plástica noutro hospital.

Os seis jovens sofreram queimaduras no incêndio rural ocorrido, no sábado, na zona de São Bento do Cortiço, na freguesia de São Bento do Cortiço e Santo Estêvão, no concelho de Estremoz, segundo disse à Lusa o comandante distrital de Évora de Operações de Socorro, José Ribeiro.

Segundo a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), uma bombeira também ficou ferida e foi assistida no Centro de Saúde de Estremoz por cansaço.

Fonte da GNR explicou à Lusa que o fogo, cujo alerta foi dado às 18:30 de sábado, terá tido origem na projeção de faíscas, depois de os cabos de eletricidade terem tocado uns nos outros em consequência do forte vento.

"Assustados", os jovens, que se encontravam no Monte do Cerradinho, próximo do local onde o incêndio deflagrou, terão tentado fugir de carro, mas, antes de entrarem nas viaturas, foram "apanhados" pelas chamas", por o fogo ter "chegado rapidamente devido ao vento muito forte", relatou a fonte.

"Foi uma pessoa que mora nas redondezas que transportou os jovens para o centro de saúde de Estremoz", explicou a fonte da guarda, indicando que o monte onde estavam, propriedade de “um conhecido”, ficou intacto.

As chamas, que deflagraram na zona do Monte da Chapada, nos arredores da cidade alentejana e que foram dominadas nessa mesma noite, queimaram "cerca de 95 hectares" de pasto, mato e olival, de acordo com informações da GNR e da Proteção Civil.

Contactado pela Lusa, o presidente da Câmara de Estremoz, Luís Mourinha, disse que as seis vítimas não eram do concelho.


Notícia atualizada às 17:14