O anúncio foi feito pelo presidente da CNIS, Lino Maia, durante a apresentação de um estudo realizado pela Universidade Católica Portuguesa/Porto sobre o setor.
"Este setor, a suas contas e dinâmica social precisam de ser melhor conhecidas", defendeu.
Durante a intervenção que antecedeu a apresentação do trabalho, em Lisboa, o dirigente da CNIS sublinhou que a ação social direta em Portugal é "muito anterior ao despertar do Estado" para as responsabilidades sociais.
"É uma cultura secular", disse, considerando tratar-se de uma economia das pessoas e para as pessoas, que tem por base milhares de instituições, de associações a fundações, passando por casas do povo e outros, na prestação de cuidados à população, dos mais jovens aos mais idosos.
"São um verdadeiro pilar do Estado social", declarou Lino Maia, frisando que a atividades das IPSS está protegida pela Constituição da República.
O dirigente manifestou disponibilidade para reunir com os técnicos de contas e com a segurança social, no âmbito do trabalho e dos objetivos hoje apresentados.
Em momentos de crise, este setor comporta-se "em contraciclo e de uma forma expansionista" no apoio à população, referiu.
O estudo revelou que as IPSS estão presentes em 70% das freguesias portuguesas e que "em 27% dessas freguesias estão sozinhas".
Lino Maia afirmou que "um número muito significativo" de instituições enfrenta uma situação financeira difícil porque estão a proporcionar "bens e serviços" a pessoas que não podem pagar o respetivo custo: "Por casa euro pago pelos utentes, têm de encontrar, no mínimo, mais dois".
Face aos apoios que recebem e às fontes de receita que captam, as IPSS estão "bem longe de ter contas equilibradas", observou, com base nos indicadores divulgados no estudo.
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