“Não há nenhuma lei, não há nenhumas eleições para primeiro-ministro nem para o representante do governo da Região Autónoma da Madeira”, disse, durante um jantar-convívio comemorativo dos 98 anos do PCP, que reuniu cerca de 700 militantes e simpatizantes num restaurante no concelho da Ribeira Brava, zona oeste da ilha.

Jerónimo de Sousa afirmou que os comunistas “não querem ilusões”, vincando que o que “prevalece” e o que “vale” são “os deputados que se elegem e não falsos primeiros-ministros que não existem e que procuram, no essencial, a bipolarização, confundindo os portugueses”.

“Há quatro anos desmontámos, com a nossa iniciativa [apoio parlamentar ao executivo do PS], essa mentira imensa que quer transformar as eleições que servem para eleger deputados em eleições para primeiro-ministro ou, como aqui na Madeira, para presidente do Governo Regional”, reforçou.

O secretário-geral do PCP alertou, também, para as eleições europeias, agendadas para maio, considerando que estão a “lançar fumo”, fazendo crer que na Madeira o que conta é ter deputados da região, quando a eleição é nacional e os deputados são nacionais.

O candidato da CDU/Madeira, Ricardo Lume, é o 11.º na lista da coligação ao Parlamento Europeu, mas Jerónimo de Sousa vincou que os três representantes comunistas que passaram pela instituição europeia fizeram mais pela região autónoma do que a “meia dúzia de deputados do PS e do PSD que lá estão”.

Jerónimo de Sousa disse, por outro lado, que não houve medida positiva nos últimos quatro anos que não tenha tido a intervenção dos comunistas e da CDU, vincando que muitas vezes isso aconteceu “vencendo a resistência e a oposição do Governo do PS”, que acusou de estar comprometido com os “interesses do grande capital”.

Ainda que o executivo socialista de António Costa conte com o apoio parlamentar do PCP, bem como do Bloco de Esquerda e de Os Verdes, Jerónimo de Sousa considerou que “todos os que querem ver o país avançar devem dar mais força à CDU”.

“É esta a opção fundamental: reforçar a CDU para avançar até onde é preciso, em vez de andar para trás, seja pela mão do PS ou do PSD e CDS”, afirmou, sublinhando a necessidade de serem eleitos mais deputados para “assegurar que o que foi conquistado não é retirado” e também para “abrir perspetivas para uma política alternativa”.

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