Jerónimo de Sousa foi convidado do “Programa da Cristina”, na SIC, onde foi apresentado como operário, não cozinhou, falou durante meia hora com a apresentadora, mostrou fotografias do seu casamento ou com um neto, e não disse se voltará ou não a ser candidato no congresso de novembro.
Questionado se já sabe quem podem ser os seus possíveis substitutos, o secretário-geral do PCP garantiu que “a questão ainda não está colocada”.
“Mas tenho a convicção que a questão do secretário-geral do PCP não vai ser um problema no congresso. E mais não digo”, afirmou, com uma risada.
Embora nada tenha dito sobre se deixa o cargo, ainda assim afirmou que a sua substituição, quando acontecer, será mais fácil do que quando chegou a líder dos comunistas portugueses.
“Mais difícil foi quando entrei em funções, que olhavam para mim como operário metalúrgico. É operário metalúrgico é burro…”, disse, que confessou que leva “900 e tal euros” por mês “para casa”, ordenado de metalúrgico.
Em termos genéricos, afirmou ser necessário que seja o próprio “a decidir quando sair” e garantiu, com um “não conte com isso, Cristina”, que um dia, quando deixar de ser líder, se afaste do seu “rumo” ou “caminho” em defesa do PCP.
Olhando para trás, desde que assumiu o cargo, em 2004, sucedendo a Carlos Carvalhas, Jerónimo de Sousa afirmou que deu e dá o seu melhor.
E começou a emocionar-se quando confessou que “sabe tão bem” quando “se consegue alguma coisa na Assembleia da República”, seja “um aumento das reformas, nos salários” ou “o direito a uma creche”.
No final, emocionou-se quando Cristina Ferreira se despediu do “operário” Jerónimo de Sousa que estivera sentado no sofá do estúdio do programa.
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