A decisão, tomada no último dia 5, foi publicada hoje.
No despacho, o juiz brasileiro justifica sua decisão afirmando que há indícios de que delitos podem ter sido iniciados ou instigados na sede do instituto, localizada em São Paulo.
“O próprio acusado [Lula da Silva] mencionou que no local se discutia vários assuntos, e há vários depoimentos que imputam pelo menos a instigação de desvios de comportamentos que violam a lei penal, a prudência e a cautela recomendam a paralisação de suas atividades”, escreveu o magistrado.
“Há indícios abundantes de que [o Instituto Lula] se tratava de local com grande influência no cenário político do país, e que possíveis tratativas ali entabuladas fizeram eclodir várias linhas investigativas”, completou.
A decisão foi divulgada um dia antes do ex-presidente brasileiro prestar o primeiro depoimento como réu em um processo da Operação Lava Jato, que apura crimes cometidos na Petrobras e em outras empresas públicas do país.
Na quarta-feira, Lula da Silva prestará depoimento ao juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da operação Lava Jato em primeira instância, na cidade de Curitiba.
Neste julgamento, o ex-chefe de estado brasileiro é acusado de ter recebido um apartamento de luxo na cidade do Guarujá, litoral de São Paulo, da empreiteira OAS como pagamento e suborno em troca de influência em contratos desta empresa com a Petrobras.
Lula da Silva nega as acusações e diz que não é o proprietário do imóvel, que ainda está no nome da construtora brasileira OAS.
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