Sobre quem é o mau da fita todos parecem entender-se, já que o Partido Socialista de António Costa acabou por ser uma espécie de saco de pancada, não só da direita, mas também da esquerda.

De um e de outro lado, os partidos com menos representatividade assumem a sua incapacidade para governar a não ser à boleia de um dos grandes, mas garantem que são muito mais do que uma muleta de quem está no poder, ou seja, são verdadeiros influencers.

O papel do Estado na economia é, claramente, o tema que mais divide esquerda e direita, com a primeira a considerar que deve ser forte, a segunda a acreditar que deve ser apenas o suficiente para nada falhar aos mais fracos, mas todos a concordar que, muitas vezes,  nem isso está assegurado.

Até ao dia das eleições, o podcast “O sapo e o escorpião” terá uma edição especial Legislativas2022, trazendo para o debate político os temas que marcam a atualidade de campanha, como o Serviço Nacional de Saúde, e discussões de fundo, como a reforma do sistema eleitoral, o voto obrigatório, o número de deputados ou o papel da Europa.

Na noite de todas as decisões, faz-se a análise dos resultados, ao vivo e em direto. No dia seguinte, 31 de janeiro, discute-se o futuro do país já com os votos contados.

São conversas que fazem a diferença, para ouvir no SAPO24, no Spotify e outras plataformas habituais de podcasts.

As frases-chave desta conversa

"Não estamos disponíveis nem para retrocessos, nem para manter as coisas como estão."
— Bernardino Soares (PCP)

"Para mim não é linear que tenha de haver uma maioria de esquerda ou de direita, é possível ter outras soluções no Parlamento."
— Daniel Adrião (PS)

"Não abdicamos de um acordo escrito de convergência que vá além da legislatura."
— Isabel Mendes Lopes (Livre)

"A primeira coisa de que o CDS não abdica é de correr com a esquerda."
— Margarida Bentes Penedo (CDS)

"A família tem sido paulatinamente afastada do mundo da Educação e isso não pode continuar a acontecer."
— Diogo Pacheco Amorim (Chega)

"Propomos 35 horas de trabalho semanais e 25 dias de férias por ano."
— Paulo Vieira de Castro (PAN)

"No dia 30, quando forem votar, as pessoas têm de ter consciência que têm duas opções para governo de Portugal: a opção PSD ou a opção PS."
— Teresa Leal Coelho (PSD)

"Mais de dois terços do dinheiro do PRR é gerido pelo Estado e orientado para os vencedores escolhidos pelo Estado."
— Tiago Mayan (IL)

_______________

Nota: Neste tempo de pandemia, excepcional também para os jornalistas, nem sempre é possível garantir as melhores condições de gravação. Foi o caso, já que o podcast foi gravado remotamente, unindo nove locais diferentes. Pedimos por isso desculpa pelas cambiantes sonoras ao longo deste áudio, mas ainda assim acreditamos que valeu a pena.