Jerónimo participou numa marcha que desceu a avenida da Liberdade para assinalar os 45 anos da revolução de abril, ao lado de Heloísa Apolónia, de “os Verdes”.
O líder comunista destacou que a marcha “não se trata de uma romaria, de uma manifestação de saudosismo”, mas “daquilo que continuam a ser os valores de abril, de liberdade, democracia, direitos sociais, combate às desigualdades”.
“Por isso, tem esta particularidade, 45 anos depois, como é que tanto jovem, tanta gente nova que nem sequer era nascida no 25 de Abril, aqui está identificando-se com essas grandes aspirações, com essa realidade que abril trouxe ao nosso país. E quando se tem a juventude, tem-se futuro”, disse.
Questionado sobre as alterações do PS à Lei de Bases da Saúde, Jerónimo de Sousa salientou que o direito à saúde gratuita é uma das conquistas de abril, “que hoje coloca um grande desafio que é saber se os portugueses têm direito à saúde ou se ela se transforma num negócio”.
“E por isso mesmo, a defesa do SNS geral, universal e gratuito é uma batalha que tem a ver com todas as gerações naturalmente e a reconsideração da necessidade em relação às parcerias público-privadas (PPP), por exemplo, de acabar com elas ou aqueles processos em que é ainda preciso negociar, mas revertendo [as PPP] para o setor público, para o SNS. Também é uma conquista de abril do que estamos a falar”, acrescentou.
Hoje, milhares de pessoas participaram na tradicional marcha do 25 de Abril, organizada pela Associação 25 de Abril, para assinalar os 45 anos da “revolução dos cravos”. O desfile decorreu entre a praça do Marquês de Pombal e o Rossio.
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