A falta de eletricidade e o trabalho para remover árvores caídas nas ruas principais da província de Nova Escócia obrigaram ao encerramento de escolas e empresas.
Nova Escócia foi a província do Canadá mais afetada pela chegada do furacão Dorian de força 2, sendo que 211 mil pessoas, mais de um quinto da população total, permaneceram esta segunda-feira sem eletricidade. De acordo com os responsáveis pela empresa Nova Scotia Power, o trabalho para restaurar a corrente pode durar uma semana.
Noutras províncias atlânticas do Canadá, cerca de 38 mil pessoas ficaram sem energia 48 horas depois da passagem do furacão, que afetou também as redes de telecomunicação em Nova Escócia, onde o serviço telefónico é ainda intermitente.
O Dorian chegou a essa província durante a tarde de sábado, com rajadas de vento até 141 quilómetros por hora, acabando por enfraquecer e tornar-se numa tempestade pós-tropical nessa noite.
Apesar de não ter provocado mortes, o furacão foi considerado como o pior a afetar a costa atlântica do Canadá desde Juan, em 2003, que atingiu diretamente a cidade de Halifax, causando a morte de seis pessoas e grandes danos na região.
Além do vento, o Dorian causou fortes chuvas: 70 milímetros de chuva foram registados no aeroporto de Halifax na noite de sábado, embora em outras áreas de Nova Escócia o número tenha subido até aos 131 milímetros.
Em Halifax, dezenas de árvores foram arrancadas pelo furacão, causando danos a edifícios e veículos e bloqueando ruas e estradas.
O balanço da passagem do furacão Dorian pelas Bahamas subiu de 30 para 43 o número de mortos, um registo que pode ainda aumentar, de acordo com dados oficiais divulgados na sexta-feira.
As Bahamas foram atingidas no domingo pelo mais forte furacão registado na história do arquipélago.
O Dorian tinha já atingido na quinta-feira os estados norte-americanos da Carolina do Norte e do Sul com ventos violentos, tornados e chuvas laterais, tendo sido atribuídas à tempestade pelo menos quatro mortes no sudeste dos Estados Unidos.
Comentários