Com a comunicação social a noticiar, desde o início da tarde, a composição do novo governo de maioria absoluta do Partido Socialista, Marcelo Rebelo de Sousa revelou, em declarações à SIC Notícias, que ainda não teve acesso à lista de nomes do próximo executivo, sublinhando que se a informação já avançada "for correta, dispensa-se uma audiência" com o primeiro-ministro para esse efeito.
À porta do Palácio de Belém, o Presidente da República recusou-se a comentar as opções escolhidas para cada um dos diferentes ministérios, resumindo que estas foram as escolhas do primeiro-ministro "pensando no período que vivemos, nos fundos europeus, na necessidade de transição de poderes quando à transição energética e digital".
Em relação às listas de nomes em circulação, que diz ainda não ter visto, Marcelo, que à noite vai assistir a um concerto de Sérgio Godinho, deixa um aviso: "No caso da lista ser correta, até facilita a minha vida porque assim mais rapidamente estou à vontade."
Aparentemente desconfortável com o facto de os nomes do novo executivo estarem a ser divulgados via comunicação social, antes de chegarem ao conhecimento do Presidente da República, Marcelo disse mesmo que se a lista já divulgada for confirmada pelo primeiro-ministro, com quem estará presencialmente esta tarde na sessão solene de abertura das comemorações do 50.º Aniversário da Revolução de 25 de Abril, "dispensa-se uma audiência".
Antes de entrar para o carro, Marcelo Rebelo de Sousa voltou a mencionar as listas: "pelos vistos fiquei a saber pela comunicação social".
Vários jornais têm noticiado confirmações para determinados ministérios, mas por exemplo, ao início da tarde, na SIC, José Gomes Ferreira revelou uma lista completa de novos ministros que dá João Cravinho como ministro dos Negócios Estrangeiros, Helena Carreiras como ministra da Defesa, José Luís Carneiro como ministro da Administração Interna, Catarina Sarmento e Castro como ministra da Justiça, Fernando Medina como ministro das Finanças, Ana Catarina Mendes como ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares António Costa e Silva como ministro da Economia e do Mar, André Moz Caldas como ministro da Cultura, Elvira Fortunato como ministra da Ciência e Ensino Superior, João Costa como ministro da Educação, Ana Mendes Godinho como ministra do Trabalho e Segurança Social, Marta Temido como ministra da Saúde, Duarte Cordeiro como ministro do Ambiente, Pedro Nuno Santos como ministro das Infraestruturas, Ana Abrunhosa como minitra da Coesão Territorial e Maria do Céu Antunes como ministra da Agricultura.
O que o país - e Marcelo - já sabe?
De acordo com um comunicado divulgado esta quarta-feira pelo Governo, o primeiro-ministro apresentou na terça-feira ao Presidente da República a orgânica do XXIII Governo Constitucional, com 17 ministros e 38 secretários de Estado, menos 20% de governantes face ao executivo cessante.
Segundo o texto, o novo executivo “terá 17 ministros e 38 secretários de Estado, menos 20% de governantes do que no executivo precedente”.
“Esta alteração de modelo funcional permitirá a redução de dezenas de cargos e serviços intermédios”, lê-se na mesma nota.
No mesmo comunicado, “o primeiro-ministro informa ainda que decidiu colocar na sua direta dependência os seguintes secretários de Estado: Digitalização e Modernização Administrativa e Assuntos Europeus”
A nota termina com a afirmação de que a lista completa de ministros será entregue ainda hoje a sua excelência, o Presidente da República”.
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