"Eu creio que quem viu a moção que aprestámos e eu subscrevi sabe qual a minha opinião a esse respeito. O BE está disponível para juntar forças a todas as forças que queiram fazer política à esquerda neste país e ser mais exigentes", afirmou Marisa Matias à chegada à XI Convenção bloquista, em Lisboa, sobre a possibilidade de o BE vir integrar um futuro Governo português, após as eleições legislativas de 2019.
O texto proposto pela coordenadora bloquista, Catarina Martins, defende que o partido "quer ser força de governo" em 2019. A moção A, intitulada "Um Bloco mais forte para mudar o país", reúne as principais tendências do partido, tendo como subscritores, além de Catarina Martins, o líder da bancada parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, e Marisa Matias.
"Obviamente, isso depende da relação de forças que existe e nós percebemos que não basta apenas haver vontade ou não de outras forças. É preciso que nós tenhamos força para que a nossa voz seja mais sentida", afirmou Marisa Matias.
Para a ex-candidata presidencial do BE, a "prioridade é reforçar" a "participação na sociedade, reforçando" assim a "força política, para condicionar a relação de forças" e "o resto logo se verá".
"Essa é uma decisão do partido, cabe ao partido, não está ainda tomada. Estou disponível, como estarão outros colegas, outros camaradas e outras camaradas. Portanto, o partido terá de decidir", acrescentou, quando questionada sobre se vai continuar a ser a cabeça de lista nas eleições europeias de maio de 2019.
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