A Federação Portuguesa de Campismo e Montanhismo de Portugal divulga que a taxa de ocupação de parques de campismo em 2018 “tem sido elevada”. Contudo, a ocupação no primeiro semestre está abaixo de 2017 devido ao mau tempo.
“O balanço na generalidade dos parques de campismo é bastante positivo no que concerne à taxa de utilização”, quer ao nível do “número de utentes, quer à sua ocupação ao longo do ano”, referiu à agência Lusa a federação (FCMP), acrescentando que, “apesar das condições meteorológicas algo invulgares no ano em curso”, a ocupação dos parques de campismo, “designadamente aqueles que se situam no litoral ou perto deste, tem sido elevada”.
A escolha de parques de campismo, acrescentou, tem uma “adesão muitíssimo significativa”, não só para gozar férias num determinado destino turístico mas também como local de pernoita para aqueles que, encontrando-se em viagem de férias, utilizam essas instalações de forma itinerante, ficando num período entre uma noite e três dias.
Os "custos baixos" da estadia é um dos fatores que motiva a procura por parques de campismo, mas a FCMP refere que há também um aumento de “práticas de campismo de alta qualidade e especialidades como o ‘glamping’ cujos preços não são propriamente baixos”.
A Orbitur e a Fundação Inatel, com vários parques de campismo no país, consideram, contudo, que devido a "um inverno e uma primavera muito chuvosos e temperaturas pouco convidativas" se verificou um decréscimo na procura de parques nos primeiros seis meses de 2018. A Orbitur refere que “as reservas para o verão se encontram ao nível do que é habitual”.
O grupo de parques de campismo informou que ainda nenhum parque está com ocupação total: “parques mesmo esgotados já só em cima do pico de ocupação, que geralmente antecede o feriado de 15 de agosto”. O parque que, atualmente, detém maior percentagem de ocupação (85%) é na Costa da Caparica, no concelho de Almada.
Dos 23 parques de campismo da Orbitur, o empreendimento que “registou mais dormidas de estrangeiros foi o Guincho”, no concelho de Cascais, no distrito de Lisboa.
Sobre a escolha do tipo de alojamento dentro dos parques de campismo, a Fundação Inatel revelou que existe um decréscimo de tendas e autocaravanas e a Orbitur informou que houve uma diminuição de dormidas de estrangeiros em tendas.
Segundo a Federação Portuguesa de Campismo e Montanhismo de Portugal, a maior parte dos utilizadores dos parques de campismo continuam a ser os turistas portugueses, mas tem havido um “aumento consistente e muito significativo” de turistas estrangeiros, pela “atratividade crescente” de Portugal enquanto destino turístico.
De acordo com os dados da Orbitur, em 2017 os “clientes estrangeiros representaram 54,6%” da ocupação dos parques de campismo.
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