“A chuva forte que se abateu sobre a cidade durante 15/20 minutos provocou muitas ocorrências em diversas zonas da cidade. O Comando Distrital de Bombeiros decidiu enviar para Setúbal reforços dos bombeiros voluntários de Pinhal Novo, Palmela e Sesimbra e uma equipa da Força Especial de Bombeiros da GNR”, disse à Lusa o comandante dos sapadores de Setúbal, Paulo Lamego.
Segundo Paulo Lamego, registaram-se “várias inundações da via pública e mais de três dezenas de ocorrências, mas as situações mais complicadas foram as inundações que ocorreram em algumas caves e garagens”.
A chuva provocou ainda alguns problemas em diversas artérias da cidade, mas estão todos resolvidos ou em vias de resolução, dado que precipitação coincidiu com a baixa-mar no estuário do Sado, acrescentou.
Relativamente aos problemas registados na via pública, os casos mais graves ocorreram no túnel do Quebedo, obrigando à interrupção temporária da circulação rodoviária.
Na avenida Alexandre Herculano e na avenida Luísa Todi também houve acumulação de água, em parte devido ao entupimento de sarjetas, a exemplo do que aconteceu em muitas outras zonas da cidade.
A cidade de Setúbal tem desde há alguns anos uma grande baía de retenção na zona da várzea, que faz a contenção de águas pluviais provenientes da serra de Palmela, reduzindo de forma significativa a dimensão e o grau de destruição provocado pelas inundações em diversas zonas da cidade.
Pelo menos até às 13:00, a Proteção Civil Municipal não tinha nenhuma informação de danos pessoais resultantes da chuva forte e das inundações que ocorreram em diversas zonas da capital do distrito de Setúbal.
Na terça-feira, a chuva intensa e persistente causou mais de 3.000 ocorrências, entre alagamentos, inundações, quedas de árvores e cortes de estradas, afetando sobretudo os distritos de Lisboa, Setúbal, Portalegre e Santarém.
No total, há registo de 83 desalojados, segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), e o mau tempo levou também ao corte e condicionamento de estradas e linhas ferroviárias, que têm vindo a ser restabelecidas.
Na zona de Lisboa a intempérie causou condicionamentos de trânsito nos acessos à cidade, situação que está regularizada na maior parte dos casos. Em Campo Maior, no distrito de Portalegre, a zona baixa da vila ficou alagada e várias casas foram inundadas, algumas com água até ao teto, segundo a Câmara Municipal.
Segundo a ANEPC, estão “cinco planos municipais de emergência ativos”, quatro no distrito de Portalegre e um em Santarém, mantendo-se em estado de alerta amarelo os planos especiais de emergência para as bacias dos rios Tejo e Douro devido ao risco de cheias.
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