“Não devemos dar um único voto a Marine Le Pen”, de extrema-direita, repetiu três vezes Jean-Luc Mélenchon, durante o seu discurso, após serem conhecidos os resultados de sondagens à boca das urnas, que lhe atribuem entre 20 e 21% dos votos.

O Presidente cessante, Emmanuel Macron, e a candidata da União Nacional, Marine Le Pen, que, segundo sondagens à boca das urnas, conseguiram entre 28,1 e 29% dos votos e entre 23,3 e 24,2%, respetivamente, disputarão a segunda volta das eleições presidenciais em França, a 24 de abril.

No dilema entre optar por dar o voto a Macron ou abster-se, Mélenchon deixa os seus apoiantes agirem de acordo com a sua “consciência”.

O candidato da esquerda radical disse ter entendido a “raiva” dos seus apoiantes, depois de a sua candidatura ter sido excluída da segunda volta, mas insistiu que isso não deve levar os eleitores a “cometer erros que seriam irreparáveis”, apoiando a líder da extrema-direita.

Alguns dos candidatos de esquerda – Anne Hidalgo (socialista), Yannick Jadot (ecologista), Fabien Roussel (Partido comunista) e Philippe Poutu (operário e sindicalista) – à primeira volta das presidenciais francesas apelaram ao voto em Emmanuel Macron na segunda volta, para travar Le Pen. O mesmo fez a candidata da direita moderada, Valérie Pécresse.

Cerca de 48,7 milhões de eleitores franceses foram hoje chamados às urnas para a primeira volta das eleições presidenciais, à qual se apresentaram 12 candidatos.