"Enquanto os nossos meninos acharem que o menino é igual à menina, como pregaram no passado algumas ideologias, já que a menina é igual, ela aguenta apanhar”, afirmou a governante, segundo o jornal Folha de São Paulo, no Dia Internacional da Mulher.
“Nós vamos dizer para os meninos que as meninas são iguais em oportunidade e direitos, mas diferentes fisicamente e precisam ser amadas", acrescentou.
Damares Alves já tinha causado polémica quando afirmou, num vídeo divulgado no início de janeiro, que o Brasil está a entrar numa nova era, em que os meninos vestem de azul e as meninas de rosa.
Na altura, artistas, influenciadores e cidadãos comuns questionaram nas redes sociais o teor das declarações e fizeram piadas acerca da importância da cor da roupa para o desenvolvimento das crianças.
No Dia Internacional da Mulher, Damares defendeu que sejam adotadas ações nas escolas para “ensinar meninos a amar a respeitar as meninas no Brasil”, através da entrega de flores e da abertura das portas dos carros.
“Vamos ensinar os nossos meninos na escola a levarem flores para as meninas, por que não? A abrirem porta do carro para a mulher, por que não? A se reverenciarem para a mulher, por que não? Não vamos estar, dessa forma, a colocar a mulher numa situação de fragilidade, mas a elevar a mulher para um patamar de ser especial, pleno e extraordinário. E é isso que queremos fazer na escola”, declarou durante um evento de comemoração da data.
Depois de ser criticada pelas suas palavras, a ministra recorreu à rede social Twitter para se manifestar: "É claro esse ato isolado não resolve o problema e tampouco é isso que proponho. Mas ensinar o respeito desde que todos são bem pequenos é fundamental. Precisamos resgatar valores que são caros à família", escreveu.
Escolhida para integrar o Governo por indicação da bancada evangélica do Congresso brasileiro, que apoia o Governo do Presidente Jair Bolsonaro, a ministra já causara polémica no discurso de posse, quando declarou que no Brasil o Estado é laico, mas ela é "terrivelmente cristã".
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