A ideia de João Gomes Cravinho surgiu a meio do debate, na especialidade, do Orçamento do Estado de 2020 (OE2020), numa reunião conjunta das comissões parlamentares do Orçamento e da Defesa Nacional, quando se discutir o problema de efetivos nas Forças Armadas, tema que preocupa Governo e partidos.
João Vasconcelos, do Bloco de Esquerda, até tinha sugerido que se acabe com o Dia das Forças Armadas, que leva jovens, dos dois sexos, um dia a uma unidade militar, e que se reinvestisse noutras áreas.
Gomes Cravinho recusou a ideia e afirmou que o Dia das Forças Armadas “não é para recrutamento, mas sim de educação cívica” e avançou com uma ideia para tentar “despertar vocações”, já este ano.
O governante deu o exemplo de um “contacto mais prolongado e intenso”, como a “experiência de passar uma noite num quartel”, ter “conhecimentos mais efetivos e ver se estão interessados na carreira nas Forças Armadas”.
Apesar de não ter dado nem pormenores nem números, João Gomes Cravinho afirmou que “no ano passado, houve um reforço do número de candidatos" e se está “no bom caminho”.
Além da questão das remunerações – o Goverbo está aberto a discutir, neste orçamento, a possibilidade de os recrutas ganharem o salário mínimo -, o ministro frisou a importância de as Forças Armadas serem capazes de dar formação “certificada” em certas áreas para tentar atrair jovens.
E até avançou com a ideia de um “gestor de carreira” que vá acompanhando a formação dos soldados e depois avalie as possibilidades de reinserção na vida civil, após a carreira militar.
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