“Acho que o próprio secretário de Estado João Galamba reconheceu que a forma de intervir não era adequada quando se arrependeu e, logo a seguir a ter produzido o comentário que produziu, o retirou”, disse João Pedro Matos Fernandes à agência Lusa à margem da apresentação de investimentos na área da bioeconomia.

João Galamba referiu-se num comentário publicado na rede social Twitter ao programa “Sexta às 9”, da RTP 1 como “estrume” e “coisa asquerosa” em resposta a um outro comentário que o visava, um dia a seguir ao programa ter exibido uma reportagem sobre o realojamento de trabalhadores agrícolas imigrantes no concelho de Odemira.

“Para mim, o assunto está encerrado. Não acho, de facto, e sobretudo parece-me evidente que [João Galamba] também não acha, que esta seja a melhor forma de fazer comentários”, referiu o ministro, argumentando que “o comentário, de uma linguagem desajustada, foi imediatamente retirado e isso corresponde ao arrependimento de quem fez o comentário”.

“Não vou com isto dizer que ache que o ‘Sexta às 9’ trata estes assuntos de uma forma justa”, ressalvou.

O controverso ‘tweet’ publicado no sábado, que motivou o repúdio da direção de informação da RTP e apelos do CDS para a demissão do secretário de Estado, continua visível nas redes sociais numa captura de ecrã feita pelo utilizador a quem João Galamba o dirigiu e que foi divulgada por vários meios de comunicação.

“Isso já não é da responsabilidade do João Galamba nem de nenhum de nós. A partir do momento em que quem está ativo nas redes sociais retira um comentário, é porque, naturalmente, reconhece que foi infeliz e se arrependeu”, referiu o ministro do Ambiente e Ação Climática.

“Mal fora que isso apagasse em algum momento o excelente trabalho que o João Galamba tem feito nesta equipa”, disse.

"A direção de informação da RTP repudia as declarações expressas pelo secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba", lê-se numa nota divulgada no domingo.

A televisão pública considera que “as palavras que [João Galamba] proferiu atentam contra o bom nome da RTP e da sua jornalista Sandra Felgueiras e desrespeitam a liberdade de informação".

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